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A marca negativa de bilheteria que ‘Branca de Neve’ trouxe para a Disney

Adaptação do clássico de animação teve uma estreia sonolenta, bem abaixo de outros live-actions do estúdio

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 mar 2025, 11h16

O live-action de Branca de Neve assumiu a liderança da bilheteria americana neste final de semana, mas o desempenho do criticado longa ficou tão abaixo da média que conquistou uma marca negativa para a Disney: com 43 milhões de dólares arrecadados nos Estados Unidos, o filme se tornou  uma das piores estreias entre todas as adaptações live-actions da empresa.

Com um custo estimado em 270 milhões de dólares, o longa adaptado da animação de 1937 ficou abaixo de Dumbo (2019), que arrecadou 45 milhões com pouco mais da metade do orçamento. Remakes anteriores de A Pequena SereiaMogli – O Menino Lobo, Aladdin, A Bela e a Fera e O Rei Leão estrearam acima dos 100 milhões nos Estados Unidos, com os três últimos atingindo a casa do bilhão durante o período de exibição. Entre os live-actions recentes, a trama protagonizada por Rachel Zegler e Gal Gadot fica à frente apenas de Mufasa, que estreou com 35 milhões de dólares na bilheteria doméstica americana.

No exterior, o filme também começou sua exibição um pouco abaixo das projeções, com 44,3 milhões de dólares. No total, a bilheteria global do filme atingiu 87,3 milhões, mas a expectativa inicial era que a arrecadação ao redor do mundo ficasse em torno dos 100 milhões de dólares.

Se vai ser um sucessos ou um fracasso completo, no entanto, só o tempo dirá. Isso porque, conta a favor do conto de fadas o fato de que outros live-actions da Disney penaram, mas conseguiram ser lucrativos. É o caso do próprio Mufasa que, apesar da estreia modesta, foi ganhando tração até registrar uma arrecadação de mais de 700 milhões de dólares em todo o mundo. O orçamento poupudo do longa da princesa perseguida pela madrasta, no entanto, torna a função de alcançar a lucratividade em uma tarefa mais difícil, já que, via de regra, um filme precisa arrecadar cerca de três vezes o valor do seu orçamento para ser considerado lucrativo — o que colocaria a barra de Branca de Neve nos 800 milhões de dólares.

As polêmicas de Branca de Neve

A atriz americana Rachel Zegler, de ascendência colombiana e polonesa, foi anunciada como a personagem titular em junho de 2021, meses antes de ser alçada ao estrelato pela versão do musical Amor, Sublime Amor dirigida por Steven Spielberg. Apesar de branca, a atriz foi logo atacada por uma ala racista que a considerava morena demais para o papel devido às raízes latino-americanas. Além disso, a popularidade da atriz caiu entre puristas da Disney quando ela descreveu o original como uma história “datada”, na qual “o príncipe persegue a princesa”. Segundo ela, a releitura que estrela representa uma jovem que “não será salva pelo príncipe, nem sonha com amor verdadeiro”, mas que quer “se tornar a líder que sabe ser”.

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As críticas ao clássico de 1937 não foram nada bem recebidas por seus fãs devotos. Para equilibrá-las, a produção recorreu à caracterização fiel à animação — que, por outro lado, evidencia falta de criatividade do projeto e não favorece a atriz. Questionada sobre a recepção negativa, a atriz disse enxergá-la como “paixão”. “É uma honra fazer parte de algo com que se importam tanto. Não vamos concordar sempre, mas podemos fazer nosso melhor”, disse à Vogue Mexico.

Acusação de capacitismo

Pouco tempo após o anúncio de Zegler no papel principal, o ator Peter Dinklage, de Game of Thrones, participou do podcast WTF with Mark Maron e foi incisivo em suas queixas sobre o projeto. “Não quero ofender ninguém, mas isso me fez dar um passo para trás. Eles se orgulham de contratar uma atriz latina como Branca de Neve, mas ainda estão contando a história de ‘Branca de Neve e os Sete Anões’. Parem e pensem no que estão fazendo”, disse. Para o ator, os sete amigos da princesa reforçam estereótipos antigos sobre a comunidade de nanismo e retratam pessoas com nanismo como criaturas dóceis submissas.

Em resposta, a Disney decidiu transformá-los em figuras mágicas e disse trabalhar com “consultores da classe” para garantir a sensibilidade apropriada. Não foi o bastante para aquietar a conversa. Ainda hoje, fãs do original se queixam da mudança, enquanto outros consideram desagradável o design computadorizado do novo septeto. Outros, por sua vez, criticam a decisão por ter retirado empregos de atores com nanismo. No resultado final, apenas um dos sete personagens é dublado por um ator com nanismo.

Sionismo de Gal Gadot

Ex-integrante das forças de defesa de Israel, a atriz Gal Gadot interpreta a Rainha Má no longa e é uma das maiores apoiadoras do Estado israelense em Hollywood. Ela até mesmo organizou a exibição de um filme produzido pelo exército em Los Angeles dois meses após o atentado do Hamas contra seu país de nascença em 7 de outubro de 2023. Algum tempo depois, em março de 2024, ela reforçou seu posicionamento em discurso para a ONG Liga Antidifamação: “Nunca imaginei que nas ruas dos Estados Unidos e em cidades pelo mundo, veríamos pessoas que não condenam o Hamas e ainda celebram, justificam e incentivam o massacre de judeus”. Publicamente, a atriz esquiva questionamentos sobre a autodeterminação palestina e as mortes causadas pela administração de Benjamin Netanyahu.

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A bússola política da atriz não apenas desperta a ira de apoiadores da Palestina, como causa atrito com sua principal colega de cena, Zegler, que já pediu pela liberdade do povo de Gaza nas redes sociais. Em aparições públicas para a promoção do filme, o par é alvo constante de especulações que destrincham linguagem corporal e entonação para inferir uma desavença entre ambas. Mais recentemente, as duas atrizes apresentaram uma categoria do Oscar 2025 juntas e o andar apressado de Zegler foi interpretado como impaciente.

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