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A Vida de Chuck e mais: os filmes que investigam o sentido da existência

Tom Hiddleston vive um doente terminal em busca de respostas sobre a existência, juntando-se à seleta lista de filmes que exploraram o tema com primor

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 set 2025, 17h08 - Publicado em 5 set 2025, 06h00

O mundo está prestes a acabar e, com ele, toda forma de vida. Às vésperas do Apocalipse em A Vida de Chuck (The Life of Chuck, Estados Unidos, 2025), já em cartaz no país, guerras são travadas em abundância, desastres ambientais dizimam paisagens inteiras, a internet está fora do ar e os suicídios estão em alta — mas trabalhadores ainda saem de suas camas e os dias de semana permanecem úteis como sempre. As tragédias que se acumulam são encaradas pela humanidade de forma profundamente banal. Longe da ficção científica, as catástrofes são metáfora para um fato que, quando não evitado, assombra a todos: a morte é inescapável e a vida, curta. Para o misterioso Chuck (Tom Hiddleston), que definha de um tumor cerebral aos 39 anos, é mais fugaz ainda. Sobrepondo o fim dos tempos a uma morte prematura, o diretor Mike Flanagan adapta o conto homônimo de Stephen King e elabora assim sua própria resposta a uma pergunta existencialista já encarada por diversos cineastas: qual é o sentido da vida?

Para ele, ela é autossuficiente: assim como os cataclismos que ameaçam o mundo são terríveis e nada triviais, os momentos de alegria e conexão entre indivíduos são mágicos, não protocolares. Quando Chuck, meses antes do diagnóstico, interrompe sua rotina para dançar ao som de uma baterista de rua, a coreografia atrai a atenção de uma garota infeliz (Annalise Baso) que se junta ao balé, e ambos atingem o efeito apoteótico, mesmo que diante de um punhado de transeuntes. O simples ato de autoafirmação é similar à aventura em que parte o protagonista de A Vida Secreta de Walter Mitty (2013), ou à conclusão a que o protagonista sexagenário de A Grande Beleza (2013) chega ao descobrir que, apesar de modesto, seu primeiro amor foi mais importante do que qualquer glamour que conquistou como crítico de teatro. De A Árvore da Vida (2011) até Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo (2022), a busca pelo propósito da vida guia cineastas adeptos de diferentes estilos.

Flanagan, por exemplo, faz o resumo valendo-se da visão de King, que por sua vez recorre ao poema Canção de Mim Mesmo (1855), de Walt Whitman, para filosofar. “Eu sou grande, eu contenho multidões”, diz a citação. Em A Vida de Chuck, ela significa que, assim como o protagonista, cada indivíduo carrega consigo um mundo particular — pessoas reais e imaginadas, cores, sons, filmes e livros, entre outros elementos — que é muito maior do que si. Só por isso, toda vida já é plena de sentido, ainda que nem sempre seja percebido. Felizmente, a humanidade pode contar com o cinema para relembrá-la de suas qualidades.

Publicado em VEJA de 5 de setembro de 2025, edição nº 2960

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