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‘Batem à Porta’ é alegoria de Shyamalan sobre homofobia

Suspense coloca casal e sua filha adotiva no centro de uma teoria apocalíptica

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 fev 2023, 19h09
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  • O casal Eric (Jonathan Groff) e Andrew (Ben Aldridge) viaja com sua filha adotiva, Wen (Kristen Cui), a uma cabana isolada na floresta, com o intuito de passarem alguns dias de descanso em família. A paz é rompida com a chegada de quatro estranhos, que batem na porta do chalé para uma conversa complexa e pouco amigável, porém necessária –segundo eles. Com a relutância da família, o grupo invade a casa com violência, amarra os dois adultos em cadeiras e explica: o trio terá que escolher um membro para ser sacrificado a fim de impedir o apocalipse. A proposta absurda é a premissa de Batem à Porta (Knock at the Cabin, Estados Unidos, 2023), novo filme de M. Night Shyamalan em cartaz nos cinemas. Inspirado no livro O Chalé no Fim do Mundo, de Paul Trembley, o longa é uma alegoria para falar sobre a homofobia, levantando dilemas morais e éticos em uma situação extrema. Como seria possível escolher uma pessoa de sua própria família para matar em nome de uma teoria tão surreal? Para Eric e Andrew, as quatro pessoas não passam de fanáticas religiosas que querem converter sua orientação sexual à heteronormativa, o que faria muito mais sentido em uma sociedade tão polarizada como a atual.

    Leonard, interpretado pelo ótimo Dave Bautista, lidera o grupo também formado por Redmond (Rupert Grint), Sabrina (Nikki Amuka-Bird) e Ardiane (Abby Quinn). Os quatro tentam, exaustivamente, explicar os motivos para estarem ali, alegando serem pessoas comuns, mas que tiveram visões sobre o fim do mundo. O grupo também avisa que outras famílias já tiveram que fazer a mesma escolha antes. Ao longo de quase duas horas, a tensão do suspense provoca uma aflição tão pungente que é praticamente impossível desviar a atenção –até mesmo quando o presente é interrompido com  flash backs do passado do casal, uma forma de justificar seus pensamentos atuais. Como o próprio Andrew questiona, quais as chances de ele, um homem gay, escolher se sacrificar por uma sociedade que o odeia por simplesmente amar outro homem.

    Responsável por sucessos como O Sexto Sentido (1999) e Fragmentado (2016), Shyamalan recobra a credibilidade como mestre do suspense perdidas com filmes detonados pela crítica, como A Dama na Água (2006) e Fim dos Tempos (2008). Em Batem à Porta, o público se divide entre torcer pela sobrevivência da família ou acreditar que o mundo não está de fato acabando. Ao fim, o resultado é um longa palatável e interessante, que deixa ao público algumas reflexões — mesmo após as explicações mastigadas do diretor, principalmente uma que volta à premissa: quem acreditaria no fim do mundo profetizado por quatro estranhos na sua porta?

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