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Brasileiros superam tabu e disputam Emmy em categoria inédita

Produtora nacional está por trás do documentário americano ‘Explorando o Desconhecido: A Pirâmide Perdida’, da Netflix

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 set 2024, 14h36

Há um antigo estigma que ronda o cinema brasileiro, o qual qualifica como ruim o som das produções locais. Um grupo de brasileiros, porém, está disposto a derrubar esse tabu: nesta quinta-feira, 26, estes profissionais, parte da produtora Input Post, concorrem ao Emmy americano na categoria de melhor som com o documentário Explorando o Desconhecido: A Pirâmide Perdida, disponível na Netflix. A empresa de pós-produção nasceu no Brasil e hoje também possui escritórios nos Estados Unidos e no Canadá. No currículo do grupo estão títulos como a série documental Harry e Meghan, protagonizada pelo casal de rebeldes da realeza britânica, e o curta documental The Barber of Little Rock, indicado ao Oscar este ano — além, claro, de títulos nacionais, como a série 3% e o documentário Democracia em Vertigem, que também disputou o Oscar.

A categoria técnica pode ser menos glamourosa que muitas outras, mas é parte essencial da experiência do espectador com a obra.  Uma boa edição de som é, especialmente, uma ferramenta de imersão que conduz o público para dentro de um universo específico, no qual estão as línguas falada por um povo, ruídos que compõem um cultura, sua música, entre outros detalhes. “Essa indicação ao Emmy nos deixa muito felizes, pois esse é um terreno dos norte-americanos. Estamos orgulhosos de ter furado essa ‘bolha’. Foi preciso vencer a barreira da língua, da cultura e, a mais difícil de todas, a econômica: montar uma estrutura em Nova York competindo com multinacionais não é tarefa fácil”, diz o supervisor de som paulista Fernando Henna, que divide o cargo e a sociedade da empresa com o mineiro Mário Di Poi, o vitoriense Eber Pinheiro e o paulistano Rafael Benvenuti.

Para o profissional, muito do estigma envolto na questão do som no audiovisual brasileiro envolve o preconceito com a cultura local. “Hoje em dia, os equipamentos e a qualificação dos profissionais estão padronizadas e disseminadas pelo mundo inteiro. O que falta é olhar para os filmes nacionais com menos preconceito”, diz Henna. “Temos que aprender a achar os nossos sons bonitos também. Ao invés de ouvir um carro superpotente num filme da Ferrari, é legal ouvir um carro comum, um carro da pamonha na rua, e se identificar com aquilo e enxergar a excelência técnica nisso.” 

O filme Explorando o Desconhecido: A Pirâmide Perdida segue arqueólogos egípcios que, ao procurar uma pirâmide enterrada, descobriram tumbas e artefatos com mais de 4.000 anos. O processo de mixagem de som do documentário envolveu equipes em Nova York, Los Angeles e Paris, além de uma consultora de árabe no Cairo. “Fazíamos sessões de mix em tempo real, coisa impossível — até mesmo pela aceitação de produtores e diretores — antes da pandemia”, diz Henna sobre as mudanças recentes no mercado, que vem investindo em novas plataformas de mixagem online. Enfim, a mistura do Brasil com o Egito que o mundo precisava. 

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