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Bruno Bini sobre cinema mato-grossense: ‘O público quer novos olhares’

Diretor do filme 'Cinco Tipos de Medo' fala a VEJA sobre os prêmios no Festival de Gramado e o elenco formado por nomes como Bella Campos e Xamã

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 ago 2025, 11h54 - Publicado em 27 ago 2025, 11h42

O diretor cuiabano Bruno Bini, 47 anos, foi o nome mais ouvido na noite de premiação do Festival de Gramado este ano. À frente do longa-metragem Cinco Tipos de Medo, ele ganhou os prêmios de melhor montagem, roteiro e filme — a produção foi agraciada ainda com uma quarta estatueta do sorridente Kikito para Xamã, na categoria de ator coadjuvante. O thriller de suspense foi o primeiro do Mato Grosso a entrar na competição — feito logo superado pela vitória ao prêmio principal da festa. Na trama, cinco pessoas distintas se conectam pela violência que assola Cuiabá, são elas: a enfermeira Marlene (papel de Bella Campos), o músico Murilo (João Vitor Silva), o chefe do tráfico Sapinho (Xamã), o advogado Ivan (Rui Ricardo Diaz) e a policial Luciana (Bárbara Colen). O longa é o segundo da carreira de Bini, que lançou em 2016 outra produção de gênero, o filme Loop, com toques de suspense e ficção científica. A VEJA, o cineasta fala sobre a premiação e o desejo de atrair os olhares do país para a produção cinematográfica feita no Centro-Oeste. 

Como se sente após as vitórias de Cinco Tipos de Medo no festival – especialmente pelo fato de ser a primeira vitória de um filme mato-grossense? Antes do prêmio, a sensação já era de muita gratidão pelo acolhimento que o público teve pelo filme na sessão. Foi incrível, a gente recebeu um carinho gigantesco, a recepção foi muito positiva e a gente saiu daquela sala muito feliz. Com a premiação, acho que vem o reforço na convicção de que as pessoas querem encontrar os novos olhares, os outros universos do interior do Brasil. É uma grande conquista coletiva, mas a gente não quer parar por aqui. Queremos seguir levando as nossas histórias cada vez mais longe.

Xamã e Bella Campos no filme 'Cinco Tipos de Medo' -
Xamã e Bella Campos no filme ‘Cinco Tipos de Medo’ – (//Divulgação)

Qual o maior desafio de dirigir e montar um filme com cinco núcleos e cinco protagonistas? É uma costura delicada. Eu não queria fazer um filme em blocos separados, a ideia era que as histórias realmente se misturassem até chegar em um momento em que elas se tornam uma coisa só. O maior desafio era alcançar uma fluidez narrativa, criar formas de relacionar uma sequência com a outra mesmo que elas fossem de personagens e universos diferentes. Esse exercício começou no roteiro e seguiu pelas filmagens e também no processo de montagem, onde acabamos rearranjando algumas sequências.

Esse foi o primeiro filme da Bella Campos e do Xamã. Como avalia o desempenho de ambos? Os dois chegaram muito abertos e dispostos a ajudar a contar essa história. A vontade de estar nesse set e a entrega deles fica muito clara quando a gente vê o resultado na tela. Bella faz uma Marlene que é pura verdade e Xamã faz um cara que oscila entre a violência e carisma com muita desenvoltura, merecedora do prêmio que recebeu. Foi um processo muito coletivo, construído generosamente também com Babi, João, Rui e a Maria Laura Nogueira, responsável pela preparação de elenco.

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⁠Bella Campos se encontra em um ótimo momento da carreira, com a novela e agora o filme vencedor de Gramado. Por que a escolheu para o elenco? Enquanto estávamos analisando as possibilidades, o nome da Bella surgiu muito forte. Pelas performances que estava entregando e obviamente pela sua origem cuiabana e intimidade com o universo particular do filme. Quando nos conhecemos e conversamos, ficou clara a compreensão profunda que ela tinha dessa personagem e a paixão e o desejo enorme dela de fazer esse filme. Bella foi uma parceira criativa absurdamente dedicada e apaixonada pela história.

⁠Filmes de gênero, como ação e suspense, são raros no Brasil. Que tipo de preparo com a equipe e o elenco foi essencial para fazer Cinco Tipos ficar tão redondo? Nós dedicamos um tempo valioso na preparação. A Babi [Bárbara Colen], por exemplo, começou seu treinamento em Vitória com o Vitor Vianna, campeão mundial de jiu-jitsu, e depois, em Cuiabá, praticou Muay Thai com o professor Emilio Neto. As cenas de luta foram coordenadas por Márcio Caldas e Denis Sauer e contamos com consultores táticos que ajudaram a preparar o elenco nas questões mais técnicas voltadas para manuseio de armas e operações. As sequências de tiroteio possuem uma combinação de efeitos práticos coordenados por Valter Carrasco e efeitos visuais supervisionados por Emerson Bonadias. Como temos sequências que são complexas e vistas por diferentes pontos de vista, buscamos equilibrar planos mais ágeis e frenéticos com uma montagem que pode ser chamada de instrutiva, para que a geografia das cenas fique clara pro público. O Jr. Malta, diretor de fotografia, operou uma câmera que buscava a crueza, um registro realista, que intensifica a ação mas também reage a ela. Tudo isso com o olhar atento da Kity Feo, assistente de direção ao meu lado o tempo todo.

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