Esquenta ‘Indiana Jones 5’: os erros e acertos dos quatro filmes da saga
Arqueólogo vivido por Harrison Ford já passou por poucas e boas em aventuras ao redor do mundo; relembre os longas que precedem a nova trama da saga
Professor, arqueólogo e aventureiro, o personagem Indiana Jones é parte incontornável da história do cinema. Após quatro filmes – sendo uma trilogia nos anos 80 e um quarto longa de 2008 –, o herói vivido por Harrison Ford estrela uma quinta aventura em Indiana Jones e a Relíquia do Destino, que estreia na quinta-feira, 29 de junho, nos cinemas. Confira a seguir um esquenta para relembrar os quatro filmes anteriores – todos estão disponíveis nas plataformas de streaming Telecine e Disney+.
Os Caçadores da Arca Perdida (1981)
Na trama, Indiana é incumbido de encontrar um misterioso artefato bíblico: a Arca da Aliança. O objeto em forma de baú teria carregado as tábuas dos Dez Mandamentos e seria extremamente poderoso, dando ao seu usuário um exército imbatível — e também perigoso, tocar nele pode levar desavisados a uma morte imediata. Indiana, então, deve encontrá-lo antes dos nazistas. O longa é ambientado na década de 30 e se passa especialmente no Egito e no Oriente Médio, dando o tom dos cenários peculiares e tumbas históricas a serem arrombadas pelo protagonista ao longo dos demais filmes. Apesar de ter mais de 40 anos, a produção ainda diverte e entretém, com boas cenas de perseguição e suspense, mas contanto que o espectador releve os efeitos especiais envelhecidos.
Indiana Jones e o Templo da Perdição (1984)
Com a adorável companhia de Ke Huy Quan na infância, interpretando o garoto Short, Indiana cai (literalmente) em um vilarejo indiano onde se oferece para ajudar a recuperar uma pedra sagrada que foi roubada, juntamente a muitas crianças do local. Se a dinâmica entre o aventureiro e Short dá graça ao filme, o mesmo não se pode dizer do filme como um todo. O clima de aventura e tensão é ótimo, mas as sequências de ação são mais longas que o necessário,enquanto o mote do “salvador branco”, no qual um americano salva pessoas de outras etnias, ficou datado. Mesmo assim, é difícil tirar os olhos da tela, mesmo nas cenas mais asquerosas envolvendo animais peçonhentos e cadáveres empoeirados.
Indiana Jones e a Última Cruzada (1989)
O filme que encerra a trilogia inicial evita os países ditos “exóticos” e passa boa parte da aventura na Europa, onde os nazistas (eles de novo) tentam encontrar o Cálice Sagrado cristão. Diz a lenda que o artefato pode dar a vida eterna a quem usá-lo. Um dos destaques da trama é Sean Connery, que interpreta um acadêmico e pai de Indiana Jones, o que faz do filme uma divertida sessão de terapia familiar.
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008)
Quarto filme da franquia – e que indicava uma passagem de bastão de Indiana Jones para um herdeiro mais jovem –, o filme não vingou como esperado e é apontado como o pior dles. Porém, o “hate” é um tanto exagerado. A produção tem lá seu charme ao mostrar um lado mais maduro do personagem, que se reencontra com a mocinha do longa de 1981, Marion (Karen Allen), e descobre ter um filho (vivido por Shia LaBeouf, hoje um ator escanteado por Hollywood). Ambientado nos anos 50, a produção mergulha na paranoia da Guerra Fria e acelera nas cenas de ação, uma delas, aliás, no Brasil.