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Fernanda Torres ‘trabalhou intensamente’, diz preparadora de elenco

Helena Varvaki conta como ajudou a estrela brasileira a interpretar Eunice Paiva — papel que lhe rendeu a indicação ao Oscar de melhor atriz

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 fev 2025, 15h52 - Publicado em 28 fev 2025, 06h00

Antes da primeira leitura do roteiro de Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres a procurou em busca de ajuda para viver Eunice Paiva, viúva do ex-deputado morto pela ditadura Rubens Paiva. Como foi o encontro inicial? Ela chegou com uma pergunta: como posso me debruçar sobre Eunice após anos trabalhando com comédia? Para mim, o ponto mais relevante era como abrir espaço dentro dela para viver uma personagem assim. O ator e a atriz precisam de uma conexão concreta com o personagem que vão viver.

Como achou essa conexão? Aplico exercícios que vão criar memórias. Por exemplo: sugeri a Fernanda, num dia, que ficasse ouvindo os ruídos do lado de fora do estúdio. O que eles poderiam significar? Eunice passou onze dias no DOI-Codi sem saber o que estava acontecendo. O que alguém nessa circunstância faria? Tentaria escutar com atenção para notar algum indício do que se passa lá fora. O que criamos não foi uma cena, mas uma experiência.

Fernanda fala muito sobre como Eunice lhe ensinou sobre contenção. Como foi possível chegar àquele resultado? Nos improvisos que experimentamos, buscamos motivações que justificassem essa contenção. Um exercício que propus foi a escrita de cartas para os filhos de Eunice, nas quais ela descreve o que sente. A contenção pela contenção não se sustenta. Quem contém, contém alguma coisa. Vemos o mundo de Eunice explodindo e ela optando por não deixar transparecer o que está acontecendo para proteger os filhos. Ela sente a tragédia por inteiro, mas os poupa na medida que pode.

Num raro momento do filme, ela deixa a contenção e explode diante de agentes da ditadura que estão dentro de um carro. Como se construiu essa cena? Para conter, algo precisa estar fervilhando dentro do ator. E esse foi o trabalho ali: mobilizar emoções por meio das ações de Eunice.

Fernanda trouxe algo importante da experiência na comédia para o filme dramático? Como atriz, ela é imensa em vários âmbitos. O que senti desde o começo foi uma enorme disponibilidade, um atributo de grandes atrizes. Fernanda trabalhou intensamente. Ela se permitiu ficar vulnerável.

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Conversaram desde a indicação ao Oscar? Sim. Falamos sobre como o filme é importante para esse momento que vivemos no Brasil e no mundo. Dei parabéns e estou na torcida absoluta.

Publicado em VEJA de 28 de fevereiro de 2025, edição nº 2933

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