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Leandro Hassum a VEJA sobre O Rei da Feira: “Vejo espírito pelo umbigo”

Ator está em cartaz com a comédia 'O Rei da Feira' e fala sobre o filme, governo Trump e até da exposição de sua neta nas redes sociais

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 5 set 2025, 10h00

Leandro Hassum estreia seu novo filme, O Rei da Feira, dirigido por Felipe Joffily, em que interpreta Monarca, um segurança de feira que precisa descobrir quem matou seu grande amigo, Bode (Pedro Wagner), um comerciante que se mete em várias confusões até ganhar uma bolada de dinheiro no jogo do bicho. Com poderes mediúnicos — habilidade de conversar com os mortos –, o protagonista tenta descobrir o responsável pela morte. 

Confira a entrevista na íntegra:

O Monarca é um segurança de feira com poderes mediúnicos. Como construiu esse personagem? Meu “poder X-Men” no filme é ver espírito pelo umbigo. Eu me interessei muito pelo roteiro justamente por ser diferente das coisas que já fiz. É uma comédia diferente de ler, cheia de rubricas e ações. Pedi ao Felipe para fazermos uma leitura com todo o elenco, para ouvir as vozes e entender a musicalidade do personagem. O Monarca é distinto dos papéis que costumo interpretar, que são mais próximos de mim. Ele é policial, mas também segurança, criado naquela feira, e de repente se vê no meio dessa loucura. Construí o personagem a partir dessas vozes, tentando ser mais rebuscado, quase como um detetive de Agatha Christie. Os feirantes são como a família dele e, quando acontece o crime, ele vê uma chance de crescer, virar “detetive particular” e usar suas armas de policial. Isso também traz humor e aproximação com o público.

Acredita em espíritos? Acredito em tudo! (risos) Sou católico, minha mulher é da Umbanda. Aqui em casa vale tudo: arruda atrás da orelha, banho de sal grosso, Pai-Nosso, oferenda pra Iemanjá. Lidamos com respeito. Sempre peço licença espiritual antes de interpretar um personagem, como fiz no filme que interpreto Silvio Santos [cinebiografia que estreia em breve]. Quero levar energia boa ao público — se a pessoa tiver um problema, que esqueça por 1h30 e saia mais leve.

Como foi poder trabalhar nesse cenário de feirantes, figuras tão presentes no cotidiano dos brasileiros? Achei o máximo! A feira é algo nacional, todo brasileiro se identifica. Cada região tem suas peculiaridades: em São Paulo, o pastel da feira é o melhor; no Rio, você encontra croquete de feijoada; no Norte tem a feira Ver-o-Peso, que é quase turístico. E tem aquela coisa de pegar fruta de graça, saber qual pastel era o melhor. E a feira brasileira é raiz: a banana que cai no chão, a senhora com cachorro, a galera da xepa. O crime no filme acontece justamente na xepa, quando tudo fica mais barato. Outra coisa especial são os cheiros: peixe, fruta, pastel, flor. Tudo muda a cada barraca. Isso aproxima o público. E além da minha comédia habitual, o filme traz esse elemento do “quem matou” — uma espécie de Agatha Christie da quebrada.

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Você já mora nos Estados Unidos há cerca onze anos. Como compara as feiras brasileiras com os farmers markets de lá? Lá é bem diferente. É o cara que faz mel em casa, a senhora do crochê, brasileiros vendendo artesanato. É tudo mais gourmetizado e voltado para turista. No Brasil, o feirante é profissional, acorda às 3h para comprar no Ceasa. A feira brasileira é muito mais roots, mais viva.

Aliás, você conquistou uma cidadania americana, mas é um estrangeiro que imigrou. Como tem sido viver nos EUA com o governo Trump? Eu moro em Miami, que é um estado republicano, maioria trumpista. Mas, sinceramente, não me afetou diretamente. Aqui, mesmo com mudanças políticas, a vida não muda de forma tão abrupta quanto no Brasil. O que percebo é o aumento da pobreza: mais gente vendendo água, flores nos sinais, algo que não via tanto há dez anos. Mas digo sempre: é importante checar as fontes das informações. Hoje, existe uma preguiça muito grande de verificar. Isso vale para política, pandemia e para tudo. A gente precisa averiguar antes de sair acreditando e compartilhando.

Recentemente, você postou um vídeo da sua neta, mas tomou cuidados para não expô-la demais, na esteira das discussões de como a internet tem predadores de conteúdos infantis e até da adultização. Como lida com isso? É assustador. Um dia postei um vídeo da minha neta de fralda e minha filha pediu para eu apagar. Achei bobagem, pensei que ela estava exagerando, mas apaguei. Até que a minha filha me mostrou o vídeo do influenciador Felca e perceber o perigo. Foi um choque. Pedi desculpas à minha filha e hoje tenho muito mais cuidado. Às vezes, rabisco a imagem da minha neta antes de postar. É triste não poder compartilhar à vontade, porque quero mostrar minha felicidade de estar com minha neta, mas é necessário. Além disso, hoje em dia as pessoas ampliam fotos para identificar relógio, óculos, preço, fizeram isso com uma foto minha esses dias, começaram a falar de quanto custava o relógio que eu estava usando. Isso é muito louco. Ainda estou aprendendo a lidar.

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