Vencedora do Oscar por As Horas (2002), Nicole Kidman, 57, tem grandes chances de voltar ao palco da principal premiação do mundo com o filme erótico Babygirl, sobre dinâmicas de poder no sexo no ambiente de trabalho. A atuação, afinal, já a consagrou com o prêmio Copa Volpi no Festival de Veneza e exigiu da atriz uma disposição incomum. Em coletiva de imprensa recente, ela se queixou do esforço durante as cenas íntimas com os colegas Harris Dickinson e Antonio Banderas: “Em certos momentos da gravação, pensava ‘não quero mais ter orgasmos’. Não se aproximem. Odeio fazer isso”.
Segundo a atriz, a ideia do sexo era tão presente durante o processo que se tornou opressiva: “Foi quase como um burnout. Em certo ponto, não me importava mais se não fosse tocada pelo resto da minha vida”, disse.
Na trama, Kidman vive a CEO Romy, que coloca a própria posição em risco após ser seduzida pelo estagiário Samuel (Dickinson). Dominador e confiante, o jovem rapidamente convence a chefe a participar de encontros sexuais que a subjugam, mas o equilíbrio frágil logo vai além do trabalho e passa a ameaçar o casamento da executiva com Jacob (Banderas). Cheio de cenas picantes, o filme é dirigido pela holandesa Halina Reijn e chega aos cinemas brasileiros em 9 de janeiro.
Apesar da frustração, Kidman diz que a experiência com o longa demandou também “abertura e confiança” sua e de seus pares. Em Veneza, ela garantiu saber que a cineasta no comando jamais a exploraria: “Não importa como interpretem, nunca me senti violada”, esclareceu. No passado, a atriz participou de filmes reveladores como De Olhos Bem Fechados (1999) e Um Sonho Sem Limites (1995), mas nunca se debruçou sobre um papel tão explícito.
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