Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Prorrogamos a Black: VEJA com preço absurdo
Imagem Blog

Em Cartaz

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Do cinema ao streaming, um blog com estreias, notícias e dicas de filmes que valem o ingresso – e alertas sobre os que não valem nem uma pipoca

Os Rejeitados: lições de empatia do filme que pode fazer barulho no Oscar

Na comédia dramática, um trio de pessoas muito diferentes entre si descobre que as agruras da vida atingem a todos

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jan 2024, 08h00 • Atualizado em 4 jun 2024, 09h32
  • Gostar do professor Paul Hunham é praticamente impossível. Rabugento, ele exala odores estranhos, tem um aflitivo olho de vidro desalinhado, bebe mais do que deveria e não diminui o ritmo nas aulas para esperar os atrasados. E estes são muitos: os adolescentes da disciplina de História Clássica, ministrada por ele, raramente atingem a nota C. Seu jeitão antipático não incomoda só aos alunos: ele também é desprezado pelos demais professores da escola, um internato nos arredores de Boston, nos Estados Unidos, e pelo diretor que tenta, inutilmente, convencê-lo a não reprovar filhos de patrocinadores ricaços. Com a popularidade nula, Hunham nem se surpreende quando é eleito para cuidar de cinco alunos que vão passar as festas de fim de ano no internato. Eis a premissa da sensível, graciosa e certeira trama do filme Os Rejeitados (The Holdovers; Estados Unidos; 2023), em cartaz nos cinemas — e já tido como o azarão que promete fazer barulho no Oscar.

    Um cântico de Natal: e outras histórias

    Apesar de tantos defeitos, Hunham (um primoroso Paul Giamatti) é um homem inteligentíssimo e com boas intenções: o professor quer educar seus alunos, muitos deles herdeiros mimados, para torná-los pessoas decentes e cultas. A missão louvável, mas inglória, reflete a visão humanista do diretor e roteirista Alexander Payne. Autor de produções cultuadas e irônicas como Sideways (2004) e Nebraska (2013), o cineasta americano é conhecido tanto por sua artesania meticulosa nos bastidores — Os Rejeitados, por exemplo, não só retrata os anos 1970, como parece ser de fato um filme feito naquela década — quanto por seu apreço por heróis do cotidiano. São aqueles que, mesmo traumatizados e até sem simpatia, praticam boas ações sem alarde, ganham pouco reconhecimento e demonstram uma resiliência invejável.

    Siga

    Ensina-me a Viver (Trilha Sonora Original) [Disco de Vinil]
    A história da guerra do Vietnã

    Eventualmente, Hunham ficará sozinho na escola gigantesca com apenas um aluno, o rebelde Angus Tully (o estreante Dominic Sessa), e a cozinheira Mary (Da’Vine Joy Randolph, excelente). Cada personagem serve de espelho para as incertezas da época, marcada pela Guerra do Vietnã e por intrigas políticas que causaram ansiedade generalizada. O trio de perfis diferentões e solitários lida com desafios particulares — até que a convivência os leva a baixar a guarda entre si. Mary é uma mulher negra e pobre, em luto pela morte do filho militar no conflito. Tully é um rapaz branco e privilegiado à primeira vista, mas que esconde tristezas ásperas. Hunham também tem sua cota de mágoas a serem reveladas. As tragédias da vida não discriminam cor, idade e classe social. Uma bela lição de empatia.

    Publicado em VEJA de 12 de janeiro de 2024, edição nº 2875

    Publicidade
    TAGS:

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Digital Completo

    A notícia em tempo real na palma da sua mão!
    Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    PRORROGAMOS BLACK FRIDAY

    Revista em Casa + Digital Completo

    Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
    De: R$ 55,90/mês
    A partir de R$ 29,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.