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Por que junho é considerado o mês do orgulho LGBTQIA+?

Tradição já agrega o arco-íris às decorações juninas e tem como origem rebelião em um bar de NY em 1969; confira dicas de filmes para entender a efeméride

Por Thiago Gelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 jun 2025, 15h34

Já é comum que não só bandeirolas juninas e chapéus de palha enfeitem as paisagens no mês de junho, mas também manifestações diversas do arco-íris e outros símbolos da comunidade LGBTQIA+ — isso porque os 30 dias do período são definidos como o Mês Internacional do Orgulho, dedicado à luta contra a homofobia e a transfobia. Com origens na cultura americana, a efeméride é mantida há décadas e tem uma raiz clara: o bar Stonewall Inn, localizado em Nova York, onde uma notória revolta mudou o curso da busca por direitos da comunidade.

O que foi a Rebelião de Stonewall?

O famoso bar foi inaugurado em 1930 e passou por diferentes proprietários até ser reaberto em 1967 por mafiosos que enxergavam o público gay das redondezas como um filão comercial inexplorado, especialmente seus representantes mais marginalizados, como drag queens, pessoas transgênero e desabrigados. Em razão da falta de licença para comercializar álcool, o estabelecimento era alvo de batidas policiais frequentes e invasivas, as quais os donos tentavam apaziguar com subornos ineficazes. Em 1969, uma das inspeções policiais provocou a rebelião na madrugada de 28 de junho que deu o pontapé em seis dias de conflitos que provocaram a mobilização clara e a reivindicação de espaços seguros para membros da sigla. Em semanas, a comunidade local organizou a Frente para a Libertação Gay (GLF) e, em dezembro, a Aliança de Ativistas Gays (GAA). Além disso, revistas, zines e periódicos voltados para o público LGBT+ foram criados e passaram a circular. Para além do descontentamento com a postura preconceituosa da polícia, um dos motivos apontados para a revolta era o luto, já que a atriz, cantora e ícone gay Judy Garland havia morrido seis dias antes do ocorrido. A relação é contestada por historiadores.

Em junho do ano seguinte, 1970, a primeira parada gay ocorreu em Nova York. Desde então, todas as edições do evento ao redor do mundo ocorrem no mesmo mês. A primeira parada gay de São Paulo ocorreu em 1997 e teve os atos de comemoração relacionados a Stonewall como inspiração direta. Desde então, a edição paulista do evento é a mais volumosa do mundo. Em 2022, organizadores apontaram público recorde de 4 milhões. A história da mobilização LGBTQIA+ em São Paulo está registrada em diferentes livros e documentários, com destaque para Devassos no Paraíso (editora Objetiva, 552 páginas) de João Silvério Trevisan e o filme São Paulo em Hi-Fi (2013), de Lufe Steffen, disponível gratuitamente no canal de YouTube do CultSP Play.

Documentários para saber mais sobre o mês do orgulho

As anedotas sobre a revolta carecem de comprovação histórica, mas é popular o rumor de que a drag queen e travesti Marsha P. Johnson tenha atirado o primeiro tijolo contra os policiais que ameaçavam os frequentadores do bar. A história da ativista é contada no documentário A Morte e a Vida de Marsha P. Johnson (2017), disponível na Netflix.

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Outro registro seminal sobre a comunidade nova iorquina das últimas décadas do século XX é Paris is Burning (1990), que captura a cena noturna da cidade ao longo dos anos 1980, em meio à crise da aids. O filme está disponível na Mubi. Já no streaming Max, Wig (2019) é uma boa pedida para aqueles que desejam se aprofundar na arte drag do país, hoje popularizada pelo reality Rupaul’s Drag Race.

Para além de São Paulo em Hi-Fi, o cinema nacional também oferece opções na Netflix como Divinas Divas, dirigido por Leandra Leal, que rememora a primeira geração de artistas travestis do país, composta por nomes como Rogéria e Brigitte de Búzios.

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