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Um ano após a estreia, ‘Ainda Estou Aqui’ ganha mais um importante prêmio

Filme de Walter Salles continua obtendo reconhecimento internacional

Por Bárbara Bigas 2 set 2025, 13h28

A Federação Internacional de Críticos de Cinema nomeou Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, como o melhor filme do ano. O longa recebeu o Grand Prix FIPRESCI, votado por 739 críticos de cinema de cerca de 75 países. O representante brasileiro concorria com O Brutalista — indicado a melhor filme no Oscar — Sirāt, O Agente Secreto — também brasileiro —  e Pecadores.

Mesmo um ano após estrear no Festival de Veneza, Ainda Estou Aqui continua recebendo prêmios nacionais e internacionais e rendendo reconhecimento ao diretor Walter Salles e ao elenco do filme: em outubro, Salles será homenageado no Academy Museum Gala, evento organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, e Fernanda Torres foi convidada para ser parte do corpo de votantes da premiação após ser indicada como melhor atriz. Além do Oscar de melhor filme internacional e Globo de Ouro de melhor atriz para Fernanda, Ainda Estou Aqui tornou-se o primeiro longa-metragem brasileiro a ganhar o Prêmio Platino de melhor filme, com Walter Salles se tornando o primeiro brasileiro a levar o Platino de direção pelo longa, além das conquistas no Prêmio Grande Otelo, em que o longa foi premiado em 13 das 16 categorias a que foi indicado.

Inspirado no livro homônimo e autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva, filho do ex-deputado brasileiro Rubens Paiva (Selton Mello), o longa conta a história do desaparecimento e morte do patriarca da família sob a perspectiva de Eunice Paiva (Fernanda Torres), viúva de Rubens e mãe de Marcelo. Em janeiro de 1971, Rubens Paiva foi levado para prestar depoimento por agentes da ditadura militar, e acabou torturado por eles até a morte. Sem informações sobre o paradeiro do marido, Eunice enfrentou um longo calvário em busca de respostas e justiça, conciliando isso à criação dos cinco filhos que ficaram órfãos de pai.

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