A pergunta “por que não acabar com o embargo à ditadura cubana se não há embargo à ditadura chinesa?” é como “por que não legalizar as drogas se o álcool é legalizado?”. A resposta a ambas é muito simples: um problema não justifica a criação de outro.
Já temos o bastante com doenças, acidentes, crimes e até desgovernos agravados pelo álcool, que dirá quando as drogas se tornarem mais acessíveis. Já temos o bastante com uma ditadura rica a oprimir cidadãos sem liberdade, que dirá com duas.
Obama não criou o embargo a Cuba, ele apenas perdeu – como mostrei aqui – a oportunidade histórica de usar o embargo herdado como forma de pressão para democratizar a ilha-presídio de Raúl Castro, o ditador que já avisou, depois do acordo dimplomático, que o país não sairá do ‘rumo socialista’.
A humanidade já paga um alto preço pelas vantagens das relações comerciais com comunistas e da bebida à disposição do indivíduo.
Por que consolidar mais um problema se já temos tantos? Não seria melhor sufocá-lo na raiz?
Essas são as perguntas que deveriam ser feitas.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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