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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

A imagem chapa-branca de Zuenir Ventura

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 03h27 - Publicado em 19 jul 2014, 16h14

zuenir_ventura_cropNo próximo post, “A decadência cultural brasileira“, analiso a candidatura do jornalista de esquerda Zuenir Ventura para a Academia Brasileira de Letras em lugar de João Ubaldo Ribeiro.

Neste, relembro dois artigos anteriores ao meu blog na VEJA sobre seus métodos – sejam lá conscientes ou inconscientes – de ludibriar a plateia.

Divirtam-se.

I.

A comédia eleitoral [24/09/2010]
por Felipe Moura Brasil

O escritor José de Alencar pedia mais senso de humor à diretoria do Jockey Club, em 1854. Ele sugeria que, no dia das corridas de cavalos, fossem instituídas também corridas de burrinhos e de piquiras (cavalos de pequena estatura) para animar a plateia. Todos ganhariam “uma boa meia hora de rir franco e alegre”, e “o gosto dos passatempos hípicos se iria popularizando”. Até onde sei – e eu nada sei –, ninguém do turfe deu bola para Alencar. Em compensação, não há hoje corrida eleitoral no Brasil que não traga junto uma corrida de burrinhos e de piquiras.

O meu burrinho preferido é Zuenir Ventura. O meu piquira, Luis Fernando Verissimo. Perto deles, o palhaço Tiririca é apenas uma sombra no fotochart. Para Zuenir, a violação da vida privada da família Serra, a cobrança de propina na Casa Civil de Dilma Rousseff e o acobertamento de ambos pelo governo Lula estão no mesmo patamar da reação de José Serra. “De um lado”, os crimes (que ele ameniza); “de outro”, a reação, que, para o padrão Ventura de polidez, soa muito agressiva. O ideal é que a vítima seja generosa, assistindo em silêncio a cada etapa de sua própria extinção. Querem acabar com a democracia? Por aqui!

Essa dupla é assim. Enquanto Zuenir vai elogiar a “ética” com “atitude” de Marina Silva, que “nunca elevou o tom” (nem teve o sigilo da família violado), Verissimo senta na arquibancada. Tudo seria uma mera batalha do noticiário contra os índices de Dilma para levar a eleição ao segundo turno. Verissimo é piquira criado. Chama os crimes do PT de “notícias de corrupção”, e recorre à popularidade do presidente para legitimar uma revisão do “conceito da imprensa como formadora de opiniões”. Verissimo é Lula: “Nós somos a opinião pública”. É Dirceu: “O problema do Brasil é o abuso do poder de informar”. É Dilma? Oi… é… ah… boa noite.

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Se o jornalismo virou uma guerra de versões, eximindo-se da responsabilidade de identificar nelas os fatos, não foi sem a contribuição de Zuenir e Verissimo. Quando a ordem é equiparar disparidades, meu burrinho e meu piquira jamais refugam. Pelo contrário. Mostram seu rico repertório de malabarismos morais, abanam o rabinho para a diretoria e jogam a bola para a torcida. Eu, como José de Alencar, sou a favor da “parte cômica do divertimento”, e faço de tudo para que o gosto dos passatempos políticos vá se popularizando. Se Zuenir e Verissimo podem distrair a plateia, eu também posso avisá-la em qual raia eles fazem xixi e cocô.

II.

A imagem de Zuenir Ventura [08/11/2010]
por Felipe Moura Brasil

Uma prova de que me divirto com pouco é que ainda leio Zuenir Ventura. Costumo comentar seus textos no twitter, com não mais do que 140 caracteres. Mas já é a segunda vez que o promovo a uma coluna. Na primeira [o texto do item I], juntei-o com Verissimo, dando um parágrafo para cada um. Agora, com o artigo “O exemplo de Obama”, Zuenir ganhou uma coluna inteira. Eu sou como o PT: recompenso, à altura, aqueles que se esforçam pelo partido. Ele segue em negrito. Eu, no padrão.

Ao contrário do presidente Barack Obama, que com invejável franqueza aceitou a derrota, confessou-se humilhado e assumiu a responsabilidade pela “surra”, reconhecendo sua culpa, os perdedores daqui estão tendo grande dificuldade de admitir a derrota nas últimas eleições.

Eu não sou da escola Zuenir Ventura. Quando um presidente assume sua responsabilidade e reconhece sua culpa, isto significa, para mim, que ele assumiu sua responsabilidade e reconheceu sua culpa pelas ações e omissões de seu governo, coisa que não é do feitio de Barack Obama.

Isto que Zuenir chama de “invejável franqueza” – e que a primeira página do Globo (será de Zuenir?) chamou de “sinceridade desconcertante”; e que toda a imprensa brasileira aplaudiu como exemplo máximo de elegância, integridade e respeito à democracia – não é senão a “admissão” de que a falha foi não de seu governo, mas de sua propaganda, incapaz de convencer o povo dos supostos méritos do primeiro.

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Nas palavras de Obama: “Acho que estávamos tão ocupados e focados em fazer um monte de coisas que paramos de prestar atenção ao fato de que liderar não significa apenas legislar. É também uma questão de persuadir as pessoas”. Obama, em suma, estava cuidando tanto do país que não teve tempo sequer de avisar ao povo o que estava fazendo de bom, o que é muito lindo e comovente. Aplausos venturosos pra ele.

Obama se recusou a enxergar no fracasso eleitoral do Partido Democrata o repúdio à sua agenda de reformas, preferindo ainda culpar a impaciência do povo diante da recuperação econômica do país, como se esta fosse naturalmente lenta, a despeito de quem o governasse (e como o governasse). Pela impaciência do povo, Obama não assumiu a responsabilidade. Por não tê-lo convencido de seus esforços invisíveis, sim.

Na escola Zuenir Ventura, só mesmo alguém de virtudes excelsas pode chegar a tanto.

O chororô comporta todo tipo de alegações para desqualificar a vitória de Dilma Rousseff — algumas até fazem sentido, mas outras são justificativas ridículas, desculpas esfarrapadas.

Supondo que algumas alegações façam sentido e outras não, como diz Zuenir Ventura, por que então chamar todas de “chororô”, atribuindo-lhes de antemão somente o aspecto negativo? Será que as alegações justas são irrelevantes para o juízo do autor? Ou é preciso suprimi-las para que seu texto fique de pé? Façam suas apostas. Eu dou 1 milhão de dólares a quem encontrar novamente no texto as alegações justas.

E aproveito para passar um dever de casa aos alunos da escola Zuenir: copie sua frase, trocando “Dilma Rousseff” por qualquer coisa, como – para ficar no mesmo nível – Vasco da Gama:

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“O chororô comporta todo tipo de alegações para desqualificar a vitória do Vasco — algumas até fazem sentido, mas outras são justificativas ridículas, desculpas esfarrapadas.”

Se as alegações que fazem sentido fossem, por exemplo, 2 gols legítimos do Flamengo (como você viu no replay) anulados pelo juiz, sendo que o Vasco ganhou de 1 a 0, ainda assim seria tudo chororô? Seria? O Flamengo adora um chororô? Pois então parabéns. Você está aprovado na escola Zuenir Ventura, onde seu time tem sempre a razão.

E não estou dizendo que o PSDB ganharia as eleições se Lula e o PT não tivessem cometido toda sorte de crimes eleitorais, como nunca antes na história deste país, com o uso sem constrangimentos da máquina pública para promover a candidatura Dilma e calar seus opositores. Mas que cometeu, cometeu. Que usou, usou, como tanto escrevi aqui. E isso só é chororô na cabeça de torcedor profissional.

Mas eu já ia me esquecendo: sobre essa parte, Zuenir não vai falar. Afinal, essas seriam alegações justas…

O candidato José Serra chegou a transformar sua frustração em “vitória estratégica”, mas pelo menos não tentou diminuir o mérito da adversária.

Que mérito é esse (de Dilma) é algo que nem Zuenir se aVentura a falar… Ok. Eu o ajudo. Ele falou em seu artigo anterior. Trata-se de “sua [de Dilma] incrível capacidade de superação — superou o preconceito antifeminista, o câncer e até o descrédito dos que a julgavam um robô incapaz de enfrentar Serra num debate”. Eu louvo o esforço de Zuenir Ventura em bajular Dilma Rousseff. Também acredito que seus maiores méritos são ser uma mulher, curar-se de doenças e, quando muito, não parecer um robô.

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Quanto à vitória estratégica, o PSDB foi, ainda que numa batalha desigual, o partido com mais governadores eleitos: foram 8, que se somam na oposição aos 2 do DEM, abarcando a maioria dos estados mais populosos e prósperos, como Santa Catarina, Paraná, Minas e São Paulo. E o PT terá de lidar com isso, o que não estava em seus planos.

Zuenir abriu o texto falando da dificuldade da oposição em admitir a derrota. Vamos fingir que foi uma derrota normal, como a de Obama, sem o uso criminoso da máquina pública, só para ver se ele tem algo mais que a expressão “vitória estratégica” de José Serra para justificar o “chororô” adversário com os discursos correspondentes.

Em compensação, foi estranha a reação de certos dirigentes da oposição e de torcedores inconformados.

Pelo visto, nada. Assim manda a escola Zuenir: se você não tem declarações políticas suficientes para embasar a sua tese, procure entre os “torcedores inconformados”, mantendo-os anônimos, se possível. Com eles, toda tese poderá ser justificada.

Houve quem alegasse que “Dilma não se elegeu, foi eleita por Lula”, como se essa simplificação explicasse tudo.

De José Serra, passamos então a um “houve quem”. Um “houve quem” cujas falas levam aspas. Todo mundo tem direito a aspas no jornalismo brasileiro, até os anônimos. E continuo curioso: se essa simplificação de que Dilma foi eleita por Lula não explica tudo, Zuenir não vai se aVenturar a explicar pra gente? Ou ela venceu porque é mulher, superou um câncer, e não pareceu um robô?

E houve quem afirmasse que a candidata do PT ganhou porque os seus 55 milhões de eleitores têm desprezo pelos valores éticos ou, mais precisamente, por terem “assassinado a ética”.

Mais um “houve quem” com direito a aspas. Zuenir já pode reivindicar os méritos pela criação do Bolsa-Aspas da imprensa brasileira. Um programa social que dá voz aos anônimos, desde que anônimos permaneçam.

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Antes de ser velada – de corpo ausente – por 55 milhões de eleitores, a ética precisou ser assassinada pelo PT (e ter seu cadáver continuamente ocultado do povo pela “intelectualidade” da qual Zuenir Ventura é quase expoente), através de mensalões, aloprados, erenices, namoros com as Farc, alinhamento com ditaduras, quebras de sigilo, assaltos às ideias e obras alheias, recolhimento de materiais legais da Igreja pela Polícia Federal, uso de estatais para propaganda eleitoral e demais crimes recentes que só tornam normal esta eleição para as mentes venturosas…

Só um país regido e (des)informado por mentes assim pode ignorar tudo isso e mais seus 50 mil homicídios por ano (o equivalente a 2 Guerras do Iraque anuais), os últimos lugares de seus estudantes em exames internacionais e o IDH na posição 73 do ranking (pouco à frente da Venezuela…), em favor de um governo cujo maior mérito foi não bloquear a política econômica de seus antecessores, com a qual procurou os meios corruptos de se beneficiar, como já descrevi aqui.

Se eu acreditasse 100% nas eleições das maquininhas, e se acreditasse que os 55 milhões de eleitores de Dilma foram informados de metade das maracutaias petistas, diria que o bem-estar, a segurança, a honra, o caráter e a inteligência são critérios irrelevantes para o julgamento desses brasileiros, exclusivamente preocupados com seu dinheiro e sua conta bancária. Mesmo assim, dou a Zuenir Ventura e sua turma o crédito pela estupidez de, pelo menos, alguns.

A disputa teria sido um jogo maniqueísta entre um lado onde só houvesse o bem e outro onde só existisse o mal, com derrota do bem, claro.

Quem disse isso? O último que ouvi falar coisas assim foi Ziraldo, o rei da Bolsa-Ditadura, referindo-se ao período militar no documentário sobre Wilson Simonal. Mas eu entendo. É preciso atribuir à “oposição” um maniqueísmo bocó, reduzi-la a uma caricatura, jogar em sua boca o simplismo e a idiotice que dela se gostaria de ouvir, para então condená-la (ou “extirpá-la”, como diria Lula) por uma suposta justa causa. Para isso, sempre se encontrará (ou se inventará) um idiota em qualquer torcida, e as redes sociais hoje facilitam a tarefa que é uma beleza. (Maria Rita Kehl usou o mesmo expediente em seu último artigo no Estadão.) Mas, em último caso – o de Zuenir -, nem é preciso se dar ao trabalho. Mantenha os idiotas anônimos e diga deles (ou por eles) o que quiser.

Malabarismo maior fez outro observador, ao concluir que a expressiva votação de Serra, somada aos votos brancos, nulos e ao alto nível de abstenção, “deixa clara a insatisfação da maioria do povo não só com ela, mas também com o próprio Lula”.

O fato é que quase 60% dos eleitores não votaram em Dilma. E Dilma, queira Zuenir ou não, é a afilhada política de Lula, como ela mesma se apresentou. O único malabarismo deste trecho vem agora. E adivinha quem faz?

Por esse raciocínio, que considera todos esses votos serristas, Serra teria sido o verdadeiro vencedor das eleições, não sua adversária.

Pois é. Quem, senão Zuenir, diria que aquele raciocínio “considera todos esses votos serristas”? Tratava-se na verdade, como até Zuenir havia dito, da soma dos votos serristas, nulos, brancos e do alto nível de abstenção. Insatisfação com o governo é uma coisa. Votar na oposição é outra (porque há oposições, como o PSDB, que, de fato, dão preguiça ao eleitor). Mas as aspas que Zuenir atribuíra ao tal “outro observador” não eram suficientes para justificar sua demonização. Não era exatamente aquilo que ele gostaria que o sujeito tivesse dito para poder tratá-lo como um idiota. Então ele precisava fazer um puxadinho nas aspas, sabe?

Fica parecendo que até os “torcedores inconformados” só viram idiotas completos quando Zuenir dá a sua mãozinha. Da próxima vez, Zuenir, faça o enxerto nas aspas mesmo. Como o sujeito é anônimo, ninguém vai reparar.

É o time daqueles que, por não gostarem de Lula, acham um absurdo 80% gostarem. Como pode ser tão popular se eu não o apoio?

Dessa vez, Zuenir não teve nem a coragem de colocar as aspas. É como se tivesse assumido a criação da pergunta. Que, aqui na Terra, aliás, é outra: como Lula pode ter 80% de aprovação, se quase 60% do eleitorado não votou em sua candidata?

A derrota às vezes não só obscurece a razão

Assim dizia Zuenir, o racional…

como mobiliza baixos instintos, como os dessa tal estudante de Direito Mayara Petruso, de SP, que postou no seu twitter a mensagem racista contra o Nordeste: “Nordestino não é gente, faça um favor a SP, mate um nordestino afogado.”

Sim, Mayara tem nome. Sim, falou uma bobagem e deve responder por ela. Só isso. Mas o que faz Zuenir, como tantos outros, numa ação política conjunta? Usa a frase contra os nordestinos, dita por um indivíduo desconhecido e isolado, num texto sobre a dificuldade da oposição de admitir sua derrota. É mais uma forma enviesada de demonizar a oposição. É mais um complemento seu à tese de Lula segundo a qual a eleição de Dilma significou a superação de preconceitos. É mais uma tentativa petista de dividir o país. Não encontrando declarações satisfatórias nem de políticos nem de anônimos que pudessem sustentar sua tese, Zuenir arrematou com um dos milhões de preconceitos que circulam pela internet, afetando sua indignação com todo o seu talento no ramo.

O PT agradece.

Os ataques de xenofobia da futura advogada — advogada, imagine! — provocaram polêmica nas redes sociais e o repúdio da OAB. E a reação bem-humorada de um pernambucano em meio à indignação: “Eles elegem o Tiririca e vêm nos chamar de atrasados!”

[O problema de analisar o texto completo de Zuenir Ventura é ter que copiar trechos irrelevantes. Por isso prefiro escrever artigos.]

Em vez de tentar tapar o sol com a peneira, seria mais honesto e realista responder como fez o brasilianista Timothy Power, quando lhe pediram para explicar a vitória de Dilma: “O padrão de vida de muitos brasileiros melhorou nestes últimos oito anos de governo, e as pessoas quiseram uma continuação.”

Como o padrão de vida de muitos brasileiros só melhorou nestes últimos oito anos de governo porque os governos Itamar e FHC haviam, antes, estabilizado a moeda, podemos dizer, na verdade, que a propaganda petista, com seus crimes, mentiras e Venturas espalhados por todas as redações e universidades, foi mais eficiente do que as (poucas) verdades que o PSDB disse sobre o PT e sobre si mesmo, com a covardia, a frouxidão e as trapalhadas de um partido que ainda não aprendeu a fazer oposição.

Ou então se render ao óbvio, como fez Obama, adotando um mea culpa: perdemos porque não soubemos vencer. Simples assim.

Como não sou da escola Zuenir Ventura, repito: mea culpa, para mim, é outra coisa. Mas eu o entendo. Quando houve um tiroteio em São Conrado, Zuenir escreveu uma coluna chamada Danos a imagem. Da mesma maneira que o Rio de Janeiro, com seus tiroteios, não cuidou bem da sua imagem, Obama, derrotado nas eleições para o Congresso, tampouco cuidou bem da sua imagem. A imagem é muito importante para Zuenir Ventura. A dele com o PT, ele mantém sempre em dia.

Simples assim.

*****

Tuitadas sobre Zuenir [no período anterior ao texto acima]:

– Zuenir Ventura iguala a mudança de discurso de Dilma sobre o aborto com uma troca involuntária de palavras de Serra. É pura vigarice.

– [No artigo “O fator Marina“,] Zuenir vê contradição entre políticas “avançadas” de Marina e suas posições contra o aborto. A vida, para Zuenir, é mesmo um atraso…

– A propaganda ideológica de Zuenir Ventura é assim. Feita pra você aceitar aborto, casamento gay e regulamentação de drogas sem pensar.

– Onde está Zuenir Ventura – com aquele ar de bom moço – para dizer que a quebra de sigilo prejudica “a imagem” da Receita Federal?

– Se nossos filhos roubarem alguém, será que também devemos educá-los dizendo: “Filho, assim você prejudica a sua imagem!”?

Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil

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