1.
Todo político parceiro de bandido diz que tem uma história de luta.
2.
No Brasil, quem fala em “verdadeiros criminosos” normalmente está tentando aliviar, diluir ou imputar a outros a culpa de algum.
3.
A esquerda trata terrorista como manifestante e, quando aparece o efeito mais do que previsto do terror, acusa a direita, a “classe média”, a polícia e os “governantes” de não distingui-los, até o ponto de um militante afirmar que, para esses, “os manifestantes (todos) viraram assassinos”. O nível de cinismo necessário para dizer isso é de fazer inveja a qualquer psicopata. Compactuar com crimes é só consequência. Essa gente compactua é com o capeta.
4.
O que denunciei aqui, aqui e aqui virou matéria no Globo Online: Membro da executiva do PSOL propõe diálogo com a tática dos Black Blocs em texto, completo eu a manchete, retirado do site do partido um dia após a morte do cinegrafista da Band Santiago Andrade.
Comento a explicação psolista trazida pela matéria:
(…) Procurado, o presidente nacional do PSOL, Luíz Araújo, afirma que o texto foi retirado do ar porque estava sendo mal interpretado.
Mal interpretado uma ova! O texto era claríssimo em sua pregação do diálogo e da convivência do PSOL (o Partido Submisso às Orientações de Lenin) com os Black Blocs como estratégia política. Por isso mesmo, foi retirado do ar. Estava sendo “interpretado” por aquilo que era.
Segundo ele, o artigo reflete a opinião pessoal de Edilson Silva, não a posição oficial do partido.
A menos que “posição oficial do partido” seja o que Luíz Araújo, Chico Alencar e companhia alegam a posteriori, a “posição oficial” do PSOL era ainda pior que aquela pregada por Edilson Silva. Ela incluía a aliança com os Black Blocs na greve dos professores do Rio, além da convivência respeitosa com sua tática sem o menor sinal de condenação explícita, conforme o próprio militante do partido Cid Benjamin confessou em seu Facebook. Marcelo Freixo chegara até a declarar: “Eu não sou juiz para ficar avaliando os métodos em si.”
– A gente achou que não tinha sentido ficar alimentado esse tipo de uso. Não é uma posição oficial, a gente tirou para evitar essas interpretações.
Enquanto a ideia do diálogo com os Black Blocs servia ao partido, o texto ficou no ar. Depois que pegou mal, o texto foi retirado. É só isto. O resto é puro vitimismo cínico.
Há uma campanha muito grande para dizer que a gente está financiando esse movimento.
Não há “campanha” coisa nenhuma. Há provas de que os vereadores Renato Cinco e Jefferson Moura, ambos do PSOL, financiaram um ato realizado por esse “movimento” no dia 24 de dezembro, batizado “Mais amor, menos capital”.
Nós discordamos dessa prática, somos um partido que acredita nas manifestações sociais e achamos que esses atos afastam as pessoas das manifestações – afirmou Araújo.
“Acham” isso, publicamente, agora que os terroristas explodiram a cabeça de um inocente pai de família, em pleno exercício de sua profissão. Mas assim como o presidente do PSTU do Rio de Janeiro, Ciro Garcia, que afirmou que o partido se opõe à “metodologia” Black Bloc “por acreditarmos que ela serve à própria burguesia, que não quer as pessoas nas ruas”, Luiz Araújo parece preocupado em condenar essa “prática” porque ela afasta as pessoas das manifestações, não porque ela resulta eventualmente em miolos espalhados pela calçada.
Psolista é assim: quando se explica, só faz manifestar mais uma vez a sua moral “Black Bloc”.
5.
Os editores responsáveis pela enquete da Carta Capital são como aquelas crianças que, quando estão perdendo o jogo, no mínimo furam a bola.
Toda a esquerda é assim.
6.
Em breve nos cinemas:
PSOL e Carta Capital: Brilho eterno de dois sites sem lembranças.
Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil
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