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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Obama mentiu sobre bomba. Netanyahu estava certo

Barack Hussein Obama mentiu durante anos sobre o quão próximo o Irã estava de construir uma bomba nuclear. Eli Lake, insuspeito colunista da Bloomberg, desmascarou a mentira, confirmada por autoridades. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tinha razão: o Irã está a dois ou três meses do feito, como sabiam os serviços de inteligência americanos. O governo dos Estados Unidos, […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 5 jun 2024, 05h26 - Publicado em 23 abr 2015, 11h52
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  • Barack Obama, Benjamin NetanyahuBarack Hussein Obama mentiu durante anos sobre o quão próximo o Irã estava de construir uma bomba nuclear.

    Eli Lake, insuspeito colunista da Bloomberg, desmascarou a mentira, confirmada por autoridades.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tinha razão: o Irã está a dois ou três meses do feito, como sabiam os serviços de inteligência americanos.

    O governo dos Estados Unidos, no entanto, só revelou a estimativa verdadeira no início de abril, a tempo de Obama usá-la para convencer o Congresso e a opinião pública da necessidade de aprovar o seu acordo com a ditadura de Mahmoud Ahmadinejad, amigão do Lula sucedido por Hassan Rouhani.

    Em 2013, quando o Congresso estudava novas sanções ao Irã e Obama pressionava por mais diplomacia, seu interesse era desfazer o senso de urgência, de modo que a bomba era tida como uma possibilidade distante, ao contrário do que dizia Netanyahu. Agora, a urgência parece mais conveniente a Obama, então seu discurso mudou.

    Em coletiva com o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, o jornalista Major Garret, da CBS, citou a história da Bloomberg e questionou: “Você nega, em nome do presidente, qualquer tentativa de enganar ou manipular a compreensão de qual era, de fato, a capacidade do Irã?”

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    Earnest não negou. Só enrolou, como de praxe em questões incômodas:

    Bem, eu me sinto confiante em transmitir a você, sem ter visto a história, que o presidente, eu acho que em todo esse processo de se engajar em um esforço diplomático para impedir o Irã de obter uma arma nuclear, tem procurado utilizar as avaliações de inteligência para o melhor de sua capacidade de dar às pessoas uma compreensão exata da ameaça que o Irã representa”.

    Bocejos.

    “E há, obviamente, limitações em termos de quão detalhado o presidente ou qualquer outra pessoa pode ser em termos de falar sobre nossas avaliações de inteligência, porque estamos muito interessados ​​em proteger fontes e métodos e outras coisas que nos permitem ter uma visão continuada para esses tipos de assuntos sensíveis.”

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    Aham.

    Mas o presidente o tempo todo tem trabalhado para ajudar o povo dos Estados Unidos e nossos aliados a entender exatamente o que esta ameaça é, para que possamos projetar o melhor mecanismo para abordar essa ameaça.”

    Claro…

    E o presidente continua a estar confiante de que a diplomacia atual que está em andamento com o Irã é, de longe, a melhor maneira para que tenhamos sucesso em impedir o Irã de obter uma arma nuclear.”

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    Pois é. O povo, em suma, tem de confiar no presidente-Pinóquio e, qualquer coisa, a culpa é dos serviços de inteligência. De novo!

    Quando Obama culpou cinicamente esses serviços por não informarem o que até a obamista MSNBC já sabia, ou seja, o quão rápido era o avanço do Estado Islâmico, que vinha executando cristãos e yazidis, inclusive mulheres e crianças, lá no país de onde esse mesmo Obama retirara as tropas americanas, eu observei aqui que essa desculpa não era aceita na Era Bush, conquanto muito mais sincera:

    George W. Bush foi o responsável pela decisão de ir à guerra no Iraque, não pela produção dos erros de inteligência que afetaram parcialmente essa decisão. Mas a esquerda, incluindo o sr. Barack Hussein Obama, nunca perdoou Bush pela suposição de todas as 16 agências de inteligência dos Estados Unidos de que Saddam Hussein dispunha de armas de destruição em massa e, no enésimo salto triplo carpado moral com pirueta verbal que é peculiar aos esquerdistas, fez o mundo acreditar que Bush mentiu para justificar a guerra. “Bush lied, people died” (Bush mentiu, pessoas morreram), dizia o slogan que eternizou uma das maiores calúnias da história política americana, naturalmente retransmitida pela imprensa esquerdista brasileira.

    O texto completo (“As mentiras de Obama sobre a guerra do Iraque”) está aqui.

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    O porta-voz da Casa Branca, repito, disse que “há limitações” para o que Obama pode anunciar.

    Estamos carecas de saber, no entanto, que não há limitações para a frequência com que Obama pode mentir.

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    * Relembre aqui no blog outras mentiras do governo Obama acobertadas pela imprensa:
    – Como Lula no Foro de São Paulo, autor do Obamacare confessa que mentiu para avançar agenda esquerdista – e contou com a “estupidez do eleitor americano”: “A falta de transparência é uma enorme vantagem política.” Quando Dilma confessará também as mentiras da campanha?
    Dilma contra “pessimistas”, Obama contra “cínicos” – e a realidade contra ambos

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    Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

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