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Crivella é condenado por recolher quadrinho da Marvel com beijo gay

Ex-prefeito do Rio de Janeiro deverá pagar uma multa de 100 mil reais por danos morais coletivos

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 set 2025, 15h52 - Publicado em 25 set 2025, 11h17

Após seis anos, a Justiça se pronunciou. De acordo com decisão da 4ª Câmara de Direito Público do Rio de Janeiro, o ex-prefeito Marcelo Crivella foi condenado a pagar uma multa de 100 mil reais por danos morais coletivos. Explica-se: em setembro de 2019, Crivella determinou que os organizadores da Bienal do Livro, então realizada na capital fluminense, recolhessem o álbum de quadrinhos Os Vingadores: A Cruzada das Crianças de um estande no evento. Segundo o político, a publicação trazia conteúdo impróprio para menores. O real motivo: as páginas continha um desenho de dois personagens do mesmo sexo se beijando.

A ação, que acusa Crivella de discriminação sexual, foi movida pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT) e pelo Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero (GADvS). O valor será distribuído entre fundos da cidade para combate à discriminação por orientação sexual. Trata-se de uma sentença de segunda instância, já que a primeira decisão foi favorável a Crivella.

O advogado do ex-prefeito, Marcio Vieira, disse a VEJA que em vista da decisão da primeira instância, da “inexistência da comprovação de conduta dolosa de Crivella a ensejar dano moral coletivo” e também “considerando a irrazoável e desproporcional” multa, “possivelmente será interposto o recurso devido”.

Embora caiba recurso, o advogado Paulo Iotti, ativista dos direitos das pessoas LGBT, que ajudou a montar a ação, acha improvável que a sentença seja revertida. “Isso se deve ao fato de que está provado que Crivela mobilizou a máquina pública para censurar, o que dificilmente não seria reconhecido como dano moral”, disse ele a VEJA. 

A obra

Escrita pelo americano Allan Heinberg e desenhada pelo britânico Jim Cheung, Vingadores: A Cruzada das Crianças traz os Jovens Vingadores como protagonistas de uma história que tem cruzamento e conexões com os veteranos Vingadores. Hulkling e Wiccano, que protagonizam o beijo gay no arco, fazem parte do grupo de super-heróis adolescentes criados pela dupla de artistas.

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MOTIVO - Capa do álbum 'Os Vingadores: A Cruzada das Crianças': aventura contemporânea -
MOTIVO – Capa do álbum ‘Os Vingadores: A Cruzada das Crianças’: aventura contemporânea – (Allan Heinberg/ Jim Cheung/ Marvel/ Panini/Reprodução)

A Cruzada das Crianças foi lançada pela Marvel em dois tempos. Entre 2010 e 2012, nos Estados Unidos, no formato de uma minissérie em nove revistas, que seriam depois compiladas em um único volume. No Brasil, a Editorial Salvat, em parceria com a Panini, lançaria em 2016 a versão brasileira desta edição — o mesmo trabalho foi relançado por aqui em 2022.

Gay assumido e ativista LGBTQ+, Heinberg criou tanto os Jovens Vingadores como também os dois jovens meninos que se apaixonam. Ele também tem uma carreira consagrada na TV, com créditos como roteirista e produtor em séries de sucesso como Party of Five, Sex and the City, Gilmore Girls, Gray’s Anatomy e Scandal. Seu sucesso em ambos os formatos o levou fazer o roteiro do filme Mulher-Maravilha (2017).

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Cocriador dos Jovens Vingadores, Cheung tem em seu currículo trabalhos com outros personagens da Marvel como os Novos Vingadores e X-Force. Para a DC, ilustrou histórias da Liga da Justiça. Na época, o artista se manifestou em sua conta no Instagram sobre o caso. “Para quem não conhece o trabalho de 2010, a controvérsia envolve um beijo entre dois personagens masculinos”, escreveu ele no texto, ilustrado por imagens de rascunhos e desenhos da história.

O desenhista escreveu ainda que o fato de Crivella destacar um livro que tem quase dez anos talvez mostre que o prefeito “pode estar fora de contato com os tempos atuais”: “A comunidade LGBTQ está aqui para ficar, e eu não tenho nada além de amor e apoio para aqueles que continuam lutando pela validade e uma voz a ser ouvida”.

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