O empresário Ronan Maria Pinto, do ramo de transporte público no ABC paulista, aguarda na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR) uma vaga no Complexo Médico dos Pinhais, conhecido como o presídio da Lava Jato. Ele se entregou à PF na última sexta-feira por determinação do juiz federal Sérgio Moro para que cumpra sua pena de cinco anos de reclusão por lavagem de dinheiro. Ronan participou da negociata de um empréstimo fraudulento de 12 milhões de reais envolvendo o pecuarista José Carlos Bumlai e o Banco Schain, cujo pano de fundo foi o desvio de recursos de contratos da Petrobras. O motivo: segundo as investigações da Lava Jato, Ronan exigiu o pagamento de 6 milhões de reais do PT para não envolver o ex-presidente Lula, o ex-ministro José Dirceu, entre outros, no assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, em 2002, o cadáver que até hoje assombra o partido.
A defesa de Ronan nega a chantagem e tenta tirá-lo da prisão por meio de pedidos de habeas corpus e embargos ao Tribunal Regional Federal (TRF-4).