Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Impacto

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Respirou, causou. Toda e qualquer ação transforma o mundo ao nosso redor.
Continua após publicidade

Por que é importante ter um Ministério do Meio Ambiente?

Ministros da Agricultura e do Meio Ambiente demonstraram preocupação com a possível união das duas pastas — Gisele Bündchen também

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 nov 2018, 17h38 - Publicado em 1 nov 2018, 17h02
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) foi, voltou, foi de novo e voltou mais uma vez na questão sobre unir ou não os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente.

    Em uma entrevista concedida nesta quinta-feira (1) a emissoras de TV católicas, Bolsonaro afirmou que “havia uma ideia de fusão, mas pelo que parece será modificada. Pelo que tudo indica, serão dois ministérios distintos”.

    O recuo aconteceu depois de várias reações negativas.

    Visto como um possível enfraquecimento dos interesses do meio ambiente frente aos do setor agropecuário, o atual ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que o movimento “trará prejuízos ao agronegócio brasileiro, muito cobrado pelos países da Europa pela preservação do meio ambiente”.

    O Ministério do Meio Ambiente divulgou uma nota na quarta-feira (31) e ressaltou que “os dois órgãos são de imensa relevância nacional e internacional e têm agendas próprias, que se sobrepõem apenas em uma pequena fração de suas competências. Exemplo claro disso é o fato de que dos 2.782 processos de licenciamento tramitando atualmente no Ibama, apenas 29 têm relação com a agricultura”.

    Continua após a publicidade

    Ainda, o ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, afirmou que “a economia nacional sofreria, especialmente o agronegócio, diante de uma possível retaliação comercial por parte dos países importadores. Além disso, corre-se o risco de perdas no que tange a interlocução internacional, que muitas vezes demanda participação no nível ministerial. A sobrecarga do ministro com tantas e tão variadas agendas ameaçaria o protagonismo da representação brasileira nos fóruns decisórios globais”.

    Para a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, que une representantes do agronegócio, das entidades de defesa do meio ambiente, da academia e do setor financeiro, a possibilidade de fusão é preocupante. Para a instituição, “um órgão regulador não pode estar submetido a um setor regulado, por uma questão de coerência e boa governança”. Em um comunicado oficial, a Coalizão destacou que “ambas as agendas (meio ambiente e agricultura) são fundamentais para garantir o balanço entre a conservação ambiental e a produção sustentável e devem ter o mesmo peso na tomada de decisão do governo”.

    O Ministério da Agricultura tem a função de estimular políticas públicas voltadas à agropecuária e de garantias à segurança alimentar. O orçamento da pasta em 2018 foi de 11,6 bilhões de reais.

    Continua após a publicidade

    O Ministério do Meio Ambiente tem a função de estimular políticas públicas voltadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. O orçamento da pasta em 2018 foi de 3,49 bilhões de reais.

    De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, o desmatamento na Amazônia entre junho e setembro, período de pré-campanha e campanha eleitoral, aumentou 36% em comparação ao mesmo período do ano passado.

    Além de críticas de ambientalistas e cientistas da área, o tema normalmente chama a atenção de celebridades ativistas, como Gisele Bündchen. A modelo já publicou uma mensagem ao futuro presidente em seu Instagram.

    Continua após a publicidade

    Na mensagem, ela disse: “conciliar conservação socioambiental e crescimento econômico é perfeitamente possível e necessário. Fragilizar a autoridade representada pelo Ministério do Meio Ambiente, no momento em que as preocupações com as ameaças da mudança climática e do desmatamento se intensificam, pode ser desastroso e um caminho sem volta. Assim como o mundo precisa da Amazônia e demais florestas para o equilíbrio do clima, nosso agronegócio também precisa da floresta em pé para garantir as condições mínimas para que continue tendo força no futuro”.

    A defesa do meio ambiente é a principal agenda global para a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas. Todas as negociações internacionais vão em direção a diminuir a emissão de gases de efeito estufa, trocar as matrizes energéticas e conscientizar indústrias e a população em relação a práticas sustentáveis de consumo.

    O Brasil é o detentor da maior biodiversidade do planeta, tem 60% da Floresta Amazônica e 12% da água doce disponível no mundo. O interesse na conservação do patrimônio natural brasileiro é internacional.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.