O elenco é desconhecido e, embora não passe do mediano, é simpático. Os efeitos são simples, mas bem executados. A história vai se desenrolando rapidinho, às vezes com mais desenvoltura, outras vezes menos, mas sempre deixa vontade de acompanhar a próxima reviravolta. O tom fica entre a aventura infanto-juvenil (não por acaso, os personagens citam Os Goonies) e a ficção científica clássica, na linha do Viagem ao Centro da Terra de Júlio Verne e A Máquina do Tempo de H.G. Wells (guardadas as devidas proporções, bem entendido). A duração é uma beleza: enxutíssimos 87 minutos, sendo 82 de filme e 5 para os créditos finais.
Singelinho e feito por dois tostões, enfim, A Caverna ainda assim entrou a toque de caixa para a lista dos mais vistos da Netflix, por bons motivos – todos os pontos positivos listados acima mais a premissa intrigante, bem resumida na sinopse: “Um grupo de estudantes sai em busca de um professor de arqueologia desaparecido e acaba descobrindo uma caverna onde o tempo passa de jeito bem diferente”. Pronto. Nem é preciso saber mais antes de começar a ver, porque qualquer informação adicional atrapalharia em vez de ajudar. Mas os diretores Mark Dennis e Ben Foster (nada a ver com o ator de mesmo nome) confirmam uma velha máxima que vem sendo provada há várias décadas, a de que cinema criativo nada tem a ver com orçamento. Tem a ver, isso sim, com boas ideias e prazer de ver e fazer filmes (ambos texanos, eles ficaram amigos porque estavam vestindo a mesma camiseta de De Volta para o Futuro) – além de alguma competência, claro. Agora estou louca para achar o filme anterior da dupla, Strings, que parece ser muito interessante. Se conseguir encontrá-lo em alguma plataforma, faço um post para contar.
Trailer
A CAVERNA (Time Trap) Estados Unidos, 2017 Direção: Mark Dennis e Ben Foster Com Andrew Wilson, Cassidy Gifford, Reiley McClendon, Brianne Howey,Olivia Draguicevich, Max Wright Onde: Netflix |