“Foi como um incêndio”, diz Darren Aronofsky
Diretor escreveu “Mãe!” em cinco dias: “As ideias não paravam”
O nova-iorquino Darren Aronofsky fez apenas sete longas desde sua estreia com o estranhíssimo Pi, em 1999. Mas eu, pessoalmente, conto cinco deles entre os filmes memoráveis a que já assisti – deixo de fora A Fonte da Vida e Noé (do qual gosto com reservas), mas, além do próprio Pi, incluo nela o torturante Réquiem para um Sonho, que obriga o espectador a embarcar nas viagens de drogas horrendas dos personagens; o tristíssimo e arrebatador O Lutador, pelo qual Mickey Rourke vai ser sempre lembrado; o hipnótico Cisne Negro, em que nem Natalie Portman nem a plateia conseguem mais distinguir realidade de delírio; e, agora, Mãe!, um filme voraz, durante o qual o espectador se sente aprisionado e triturado num tumulto que nunca para de crescer. Segundo Aronofsky, foi exatamente essa a experiência de escrever Mãe! – a de ser consumido por algo que exigia ganhar forma. Clique no vídeo abaixo para ver a entrevista com um dos diretores mais fervilhantes e inteligentes do cinema americano atual: