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Jorge Pontes

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Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov - Quando Corrupção e Governo se Misturam.

Aprovação de CPI sobre organizações criminosas é ótima notícia

Requerimento para instauração da comissão, em fevereiro passado, foi de iniciativa do senador Alessandro Vieira

Por Jorge Pontes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 jun 2025, 16h08

Nessa semana que termina – na terça-feira, dia 17 de junho – o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre finalmente autorizou a criação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre crime organizado.

A apresentação do requerimento para instauração da CPI, que ocorreu em fevereiro passado, foi de iniciativa do senador Alessandro Vieira (MDB/SE).

O foco da apuração, conforme a transcrição do requerimento de sua criação, será “a atuação, expansão e o funcionamento de organizações criminosas no território brasileiro, em especial facções e milícias, investigando-se o modus operandi de cada qual, as condições de instalação e desenvolvimento em cada região, bem como as respectivas estruturas de tomada de decisão”. Um escopo amplo e certeiro.

Essa CPI vem em ótima hora, pois nunca foi percebido um avanço (com ocupação) tão vertiginoso do crime organizado sobre certos setores e mercados estratégicos, como os de bebidas, cigarros, combustíveis e construção civil, alguns deles vitais para o funcionamento da economia.

Nesse mesmo sentido, jamais corremos um risco tão iminente de adentrarmos, como sociedade, no que se convencionou chamar de processo de “mexicanização”, que representa, grosso modo, a tomada de setores do Estado pela criminalidade organizada – incluindo-se aí alguns quadrantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, nos níveis municipal, estadual e federal da administração pública.

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As evidências, devidamente confirmadas, de que diversos candidatos a prefeituras e a cadeiras do legislativo municipal tiveram suas campanhas – nessas últimas eleições – financiadas por milícias e facções criminosas, corroboram esse panorama de abismo vivenciado por nossa sociedade.

Muito importante que os trabalhos da CPI do crime organizado não caiam no lugar comum da polarização política e dos proselitismos ideológicos, que hoje parecem nortear absolutamente todas as grandes discussões nacionais. Como bem sabemos, segurança pública e enfrentamento à criminalidade são temas que devem ser exclusivamente tratados com enfoque técnico e à luz de dados científicos e estatísticos.

A bem da verdade, a presença e participação, nessa CPI, do senador Alessandro Vieira – que é um experiente e bem sucedido delegado de polícia civil – por si só já é uma boa garantia de que podemos ter expectativas de resultados positivos.

Por fim, é bom lembrar que, de acordo com o resultado de recentes pesquisas, a crise de criminalidade e a violência urbana são os problemas que mais afligem a nossa sociedade nos dias de hoje, o que nos faz dar ótimas vindas a essa CPI.

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