Namorados: Assine Digital Completo por 1,99
Imagem Blog

Jorge Pontes

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Jorge Pontes foi delegado da Polícia Federal e é formado pela FBI National Academy. Foi membro eleito do Comitê Executivo da Interpol em Lyon, França, e é co-autor do livro Crime.Gov - Quando Corrupção e Governo se Misturam.

STF tem em mãos um dos processos mais importantes dos últimos tempos

Presidente da Corte marcou para o dia 30 de maio o início de julgamento

Por Jorge Pontes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 Maio 2025, 18h32

A crise de segurança pública (leia-se epidemia de criminalidade), que tomou conta do país de norte a sul, se alastra e encontra-se praticamente calcificada…

Há poucas esperanças, e nada que autorize o cidadão brasileiro a acreditar que o estado recuperará – das facções e quadrilhas organizadas – o terreno perdido por décadas de inação e letargia das nossas próprias autoridades.

Em paralelo, o escândalo da fraude que envolve bilhões de reais em descontos de milhares de pensionistas do INSS – atingindo uma maioria de pessoas desfavorecidas – apresenta-se até o momento sem solução. Quem resolveu parcialmente o caso foi a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrando a Operação Sem Desconto, que chacoalhou o esquema criminoso e o trouxe ao conhecimento público.

Enquanto isso, no Congresso Nacional, a PEC da Segurança Pública, que trata de tema tão urgente – e que, segundo pesquisas recentes, é o problema que mais preocupa nossa sociedade – não avançou sequer dez centímetros.

O Congresso Nacional, que deveria priorizar a resolução das questões mais importantes para os seus representados, o povo, parece viver em outro mundo.

Continua após a publicidade

Ao que tudo indica, os temas que no momento mais sensibilizam e mobilizam o nosso Parlamento são a liberação das emendas parlamentares, que os beneficiam financeira e eleitoralmente e, também, a anistia para o ex-presidente Bolsonaro e seus generais palacianos (leia-se aí um descarado “pacote de impunidade”).

Em suma, a classe política, mormente os congressistas, só se movem por questões que os favorecem e que fortalecem a continuidade de seus mandatos e respectivas benesses. Aparentemente atuam representando tão somente os interesses de si próprios…

Estamos, como nação, aprisionados no atraso e na inércia, pelos atos (e omissões) dos nossos próprios representantes.

Continua após a publicidade

Por essas e outras que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem em mãos nesse momento um dos processos mais importantes dos últimos tempos, um verdadeiro “fato portador de futuro”.

Trata-se da decisão final do recurso extraordinário que definirá acerca da possibilidade de permitir ou não as disputas eleitorais para candidaturas avulsas, sem a necessidade de filiação partidária. O presidente do STF, Ministro Luís Roberto Barroso, marcou para o dia 30 de maio o início desse julgamento.

A verdade é que a classe política, por intermédio dos partidos e de um regramento que construiu para si um monopólio inexpugnável, praticamente inviabilizou a renovação dos quadros políticos do país.

Continua após a publicidade

Essa é a pura realidade.

A política no Brasil é uma atividade que há muito não se oxigena e nem se renova. Flagelos brasileiros – velhos e bolorentos – como o patrimonialismo, o clientelismo, além do ultrajante filhotismo (esse mais forte do que nunca), nos fazem assistir, de quatro em quatro anos, na lista dos eleitos para o Congresso Nacional, como Cazuza diria, a um desfile de “um museu de grandes novidades”.

Enfim, será uma oportunidade crucial para o STF interpretar a Constituição Federal em prol de uma cidadania plena para nós brasileiros, que não precisamos mais de tutela ou mediação de agremiações partidárias desbotadas para termos acesso à vida política.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.