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José Casado

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Informação e análise

Alta ansiedade

A direita vai unida para a disputa de 2026, avisam Tarcísio, Caiado e Ratinho Jr.

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 ago 2025, 15h32 - Publicado em 1 ago 2025, 06h00

— Pode-se esperar da direita, aqui representada por vocês, algum tipo de união para o cenário eleitoral de 2026? — perguntou Rafael Furlanetti, diretor da XP Investimentos, provocando os governadores de São Paulo, Paraná e Goiás. O goiano Ronaldo Caiado, 75 anos, reeleito pelo União Brasil, encarou o auditório lotado de operadores da Faria Lima, aparentemente inquietos com o mercado futuro da política nacional. Cirurgião especializado em traumas ortopédicos, usou o tom de conversa de consultório:

— Às vezes, a ansiedade leva a pessoa a querer achar que vai ter uma convergência em torno de um nome. E logo no primeiro turno…

As condições de competição na política são distintas da concorrência no mundo das finanças, explicou:

— Quando você solta um único candidato no primeiro turno, você dá para a máquina do PT uma força, uma capacidade destrutiva, que vocês não imaginam. O PT tem que destruir um único candidato e vai usar a máquina do governo. Agora, vejam: nós somos aqui três candidatos, tá certo? Não tem como atingir todos. Um de nós vai chegar ao segundo turno, e vamos estar juntos. Vamos ganhar as eleições, a direita vai ser vitoriosa.

O debate eleitoral está sendo antecipado num ambiente de escalada de tensões domésticas acirradas por Donald Trump, que decidiu usar o Brasil como campo de testes da substituição de ruidosas armas de guerra convencional por um arsenal de tarifas e sanções voltadas para a demolição política, econômica e institucional.

A culpa é do governo Lula, argumentou Ratinho Jr., nascido Carlos Roberto Massa Junior há 44 anos, governador do Paraná em segundo mandato e aspirante à candidatura presidencial do PSD em 2026:

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— As pessoas estão insatisfeitas é com o voto dado ao governo.

Fez uma breve pausa, olhou para Ronaldo Caiado e Tarcísio de Freitas ao seu lado e emendou:

— Quando você não sabe aonde quer chegar, qualquer estrada serve. Veja essa discussão do tarifaço do Trump… Muitas vezes o Brasil se vitimiza demais. “Ah, é uma coisa pessoal contra o Brasil.” Não, o Trump fez isso com a China, com o Japão, com as Filipinas, com a Índia e outros países.

Continuou:

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“A direita vai unida para a disputa de 2026, avisam Tarcísio, Caiado e Ratinho Jr.”

— Ele não pegou o Brasil por causa de Jair Bolsonaro, que não é mais importante que a relação do Brasil e Estados Unidos. Claro, pode ter até um afeto ali entre os dois. Mas o problema não é Bolsonaro, são as posições do país, como nessa discussão de “desdolarizar” o comércio. Nem a China, que “fatura” 25 trilhões de dólares de PIB, nem a Rússia, que é o maior inimigo dos EUA, nunca tocaram nesse assunto. Mas aí foi um brasileiro (Lula) falar de “desdolarização” do comércio. Faltou inteligência…

Tarcísio de Freitas riu. Governador de São Paulo, eleito pelo Partido Republicanos, aos 50 anos de idade é um estreante na política visto como provável candidato presidencial no ano que vem. Disse ele:

— Se engana quem pensa que vai haver um grande racha na direita.

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Furlanetti foi incisivo:

— Que tipo de vespeiro você mexeu aqui em São Paulo que, na hipótese de ser presidente da República, você mexeria?

Tarcísio deu a impressão de ter gostado da “hipótese”.

— A gente começou aqui com uma reforma administrativa. Aprovamos na Assembleia, desvinculamos receita… É preciso desvincular receitas, porque tocar a máquina pública como eles tocam é como tocar uma empresa sem poder demitir, e 98% do orçamento público é fixo. Só que, toda vez que você vai desvincular receita, pintam como impopular: “Ah, ele é contra a saúde”; “Ah, ele é contra a educação”. Isso empobrece muito o debate na política.

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Com a cabeça no Palácio do Planalto, prosseguiu:

— A agenda brasileira está posta: uma reforma orçamentária que desvincule receita; desindexações; revisões de benefícios fiscais; a reforma administrativa… Isso é possível? É. O Congresso topa? Topa, basta haver liderança. O déficit nominal (nas contas nacionais), isso vai ter que ter um freio. A boa notícia é que nós temos um grupo de governadores que sabe o caminho e tem a liderança para fazer. Essa é a boa notícia número 1. A boa notícia número 2 é que esse projeto nacional está acima de todas as vaidades. Então, haverá união. Haverá, aí, sabedoria para definir o melhor momento e definir a melhor estratégia. Não vai ter racha. Não vai.

Faltam quinze meses para a eleição presidencial. Vem aí uma temporada de sessenta semanas de alta ansiedade.

Os textos dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião de VEJA

Publicado em VEJA de 1º de agosto de 2025, edição nº 2955

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