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José Casado

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Informação e análise

Bolívia triturou Evo Morales e a esquerda nas urnas

Depois de vinte anos, partido do governo perdeu a presidência, a bancada no Senado e, com sorte, talvez acabe a semana com cinco deputados

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 ago 2025, 08h00

Parecia uma campanha presidencial aprisionada na fadiga política. Virou ruptura na hora da votação.

Depois de duas décadas dominando o poder na Bolívia, o condomínio de partidos de esquerda foi triturado nas urnas no domingo (17/8). Quase oito milhões de eleitores deram 87% dos votos válidos aos candidatos da oposição de centro e de direita.

O senador do Partido Democrata Cristão Rodrigo Paz Pereira (32% dos votos) e o ex-presidente Jorge Quiroga (27%), líder conservador do Aliança Livre, disputam o segundo turno em 19 de outubro.

Epicentro da crise na esquerda, o Movimento ao Socialismo (MAS) já foi um caso de sucesso na luta eleitoral. Uma década atrás chegou a controlar dois terços dos votos no Legislativo — 25 de 36 senadores e 88 de 130 deputados. Nesta semana se tornou um monumento ao desastre político.

Depois de vinte anos no governo, perdeu a presidência, a bancada no Senado e, com sorte, talvez chegue ao final da semana com  com cinco deputados garantidos no mapa da apuração oficial.

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A boa notícia para os socialistas é que os 3,2% dos votos obtidos pelo candidato presidencial Eduardo del Castillo asseguram a sobrevivência do partido. O MAS precisava de ao menos 3% dos votos para não perder o registro jurídico a partir do próximo ano, como prevê a legislação eleitoral boliviana.

Os socialistas viraram pó nas urnas na sequência dos choques entre o principal líder do MAS, o ex-presidente Evo Morales, e  atual presidente boliviano, Luís Arce.

Chefe sindical dos plantadores de coca (cocaleros), Morales presidiu a Bolívia por três vezes seguidas (entre 2006 e 2019). Arrastou o país a uma crise institucional porque nunca aceitou a proibição constitucional a mais de uma reeleição na presidência — ele se elegeu para o terceiro governo a partir de manobras judiciais; sob pressão, renunciou e atribuiu a crise a uma conspiração “da direita” guiada pelo “imperialismo” americano.

Ele passou os últimos anos dedicado à demolição da sua principal obra política, o MAS. No confronto com Arce, promoveu bloqueios e isolamento de cidades que pareciam induzir o país a uma guerra civil. Nas pesquisas, porém, ampla maioria (69%) dos eleitores classificava a agitação promovida pelo caudilho como parte da tática para evitar que fosse investigado e preso por delitos privados. Morales é acusado de crimes de corrupção de menores no período de treze anos em que esteve na presidência.

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