“O ‘gabinete do ódio’ do Bolsonaro é uma cópia mal feita do ‘gabinete do ódio’ do Lula. Esse, sim, é profissional e irrigado com milhões de reais, inclusive estranhamente porque ninguém sabe a origem disso. Ele [Bolsonaro] faz tudo igual. Então, veja, eles definem uma coisa e partem para cima de forma organizada e algumas pessoas de boa-fé, ingênuas, acreditam nisso (…) Setenta de cada cem eleitores brasileiros, das regiões mais desenvolvidas do Brasil, nas eleições de 2018 votaram no Bolsonaro. Não há a menor chance de 70% do eleitorado brasileiro ser de direita fascista, canalha, corrupta, como o Bolsonaro é. [Votaram por] mágoa, a mágoa extensa, o protesto magoado, embora tenha sido enganado. Para protestar contra o quê? A pior crise econômica da história brasileira, que é essa que está aí que foi produzida pelo Lula, pelo PT (…) É muito difícil [negociar apoio com outros partidos], o que não quer dizer que não vou tentar. É necessário, até porque o processo revela a minha disposição para dialogar com pessoas diferentes, e eu não utilizo suborno para tirar candidaturas do caminho, como o Lula está fazendo para tirar a candidatura da Simone Tebet. Essa atitude criminosa que só faz uma coisa, eles são tão imbecis… O que eles conseguiram com esse movimento do ‘gabinete do ódio’ dele [para retirada da candidatura do PDT], foi enfurecer quase 14 milhões de eleitores que tive [em 2018] e estão aí firmes comigo. Precisa ver na internet a raiva com que a militância que defende o projeto nacional de desenvolvimento está reagindo a essa impostura corrupta, fisiológica e antidemocrática do Lula, mas ele se sente autorizado a tudo.”
(Ciro Gomes, candidato presidencial do PDT, a Tainá Falcão, Renata Agostini, Iuri Pitta e Leandro Resende, da CNN.)