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José Casado

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Informação e análise

Crise do Pix mostrou Lula sem rumo diante da desconfiança no governo

Aparentemente, o governo está mais preocupado com índices de popularidade nas redes sociais do que com aquilo que realmente importa

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jan 2025, 08h00

A crise do Pix mostrou Lula sem bússola e sem rumo. O governo tomou uma decisão, burocrática e rotineira. Surgiu a boataria, ele mandou revogar o que havia sido decidido. E, assim, legitimou a desconfiança no próprio governo: havia verdade no boato? — ironizou a oposição.

Boato é a telegrafia da mentira, definiu o escritor Machado de Assis numa época em que não existia internet, mas sobravam bocas malditas, também ditas do inferno.

Na crise do Pix, Lula tropeçou nos próprios pés porque, aparentemente, o governo está mais preocupado com índices de popularidade nas redes sociais do que com aquilo que realmente importa. É questão de prioridades nesta etapa de abertura da longa temporada eleitoral que se estenderá até outubro do ano que vem.

Na quarta-feira (15/1), por exemplo, presidente e ministros gastaram tempo em reunião no Palácio do Planalto discutindo os efeitos de uma mensagem em rede social divulgada por um deputado oposicionista.

Perderam-se no detalhe, aquilo que chamam de comunicação, quando o problema é outro, essencialmente político: credibilidade.

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São vários os indícios da corrosão de confiança. Dois deles:

Um ano atrás o dólar custava menos de cinco reais, neste janeiro ultrapassou seis reais;

No primeiro trimestre do ano passado a taxa de juros básica (Selic) estava em 10,75%. Até março estará em 15%, segundo a previsão do Banco Central.

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Confiança é a mercadoria mais valiosa, e por isso mesmo mais difícil para qualquer governo obter. Alguns conseguem, por esforço político. Em 1994, três meses antes do lançamento do real, o governo Itamar Franco lançou na praça uma moeda nova, que não era moeda, aparentemente incompreensível para a população até pelo nome complicado — Unidade Real de Valor. Em poucos dias a URV se tornou popular, e assegurou suave transição para o real que está aí, com valor corroído.

Lula, na época, era o líder de uma oposição dura e extremamente crítica ao Plano Real. Perdeu a eleição para o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique porque o eleitorado entendeu, acreditou e aceitou a mensagem econômica sobre o futuro na direção proposto pelo governo.

A crise do Pix mostrou que o eleitorado tem rumo. Falta a Lula encontrar e ajustar a bússola perdida dentro do Palácio do Planalto.

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