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José Casado

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Informação e análise

Lula e Jair Bolsonaro duelam nos bastidores da transição

Embate no Senado, típico do varejo político, poderá prejudicar a tramitação de uma engenhosa iniciativa para organização da proteção social no país

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 nov 2022, 09h37 - Publicado em 16 nov 2022, 09h00

Lula e Jair Bolsonaro se enfrentam nos bastidores da transição de governo.

Efeitos desse duelo poderão ser observados na sessão de hoje da Comissão de Constituição e Justiça, a mais relevante do Senado.

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da comissão, incluiu na pauta de votação o projeto (nº 5.343) que institui a Lei de Responsabilidade Social.

É obra legislativa com 39 artigos, muito bem construída pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que obriga o governo federal a gastar com critérios objetivos de responsabilidade social e de responsabilidade fiscal.

Na essência, obriga a administração pública a trabalhar com metas para a redução da pobreza e da extrema pobreza. A referência seria o regime de metas inflacionárias adotado já adotado no planejamento econômico.

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Assim, caso as taxas anuais de pobreza e extrema pobreza não sejam obedecidas, e fiquem acima dos limites estabelecidos, o governo terá que explicar os motivos e apresentar justificativas ao Congresso e, obrigatoriamente, anunciar providências para o ajuste em prazo definido.

Prevê, entre outras coisas, a organização do sistema de proteção social em torno de três mecanismos: o Benefício de Renda Mínima — substituto do Bolsa Família e do Auxílio Brasil — com valor atualizado mensalmente; e duas contas de poupança individualizadas (Seguro Família e Mais Educação) para estudantes das famílias beneficiárias que estejam matriculados na rede pública de ensino.

As duas poupanças (até 15% da renda declarada, com limite máximo) seriam financiadas exclusivamente por títulos do Tesouro. Os depósitos começariam na matrícula no ensino fundamental e seriam feitos até o final do ensino médio, regular ou profissionalizante, quando poderiam ser sacados – “se a idade do estudante não for superior em três anos à idade de referência para conclusão”.

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A relatora é a senadora Simone Tebet, ex-candidata presidencial do MDB e integrante da equipe de transição de Lula.

O governo Bolsonaro supõe que a votação desse projeto na comissão é consequência de um acordo do senador Alcolumbre com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Alcolumbre é candidato à presidência do Senado.

No Palácio do Planalto entende-se que  esse acordo abriria espaço no Senado à rápida aprovação de uma “excepcionalidade” de R$ 275 bilhões nos gastos com programas sociais nos próximos quatro anos.

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É jogo de cena. O atual governo diz que não pretende deixar Senado e Câmara aprovarem um bilionário “cheque em branco” à próxima administração — embora tenha sido beneficiário desse artifício nos últimos três anos.

No entanto, mantém a porta aberta à negociação: quer, entre outras coisas, que o futuro governo Lula oriente os partidos aliados a aprovar, até dezembro, mais de uma dezena de indicações de juízes feitas por Bolsonaro para primeira e segunda instâncias do Judiciário federal.

É um impasse típico do varejo político. Poderá, no entanto, prejudicar a tramitação de uma engenhosa iniciativa de organização da proteção social no país, negociada durante os últimos quatro anos pelo senador Jereissati.

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Foi apresentado no auge da pandemia, em 2020. Na época, o Congresso chegou antecipar a aprovação do regime de metas para redução da pobreza dentro da Medida Provisória que criava o Auxílio Brasil. Bolsonaro vetou.

Ninguém entendeu o motivo  — e ele nunca explicou.

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