Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Mês dos Pais: Revista em casa por 7,50/semana
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise

EUA usam Forças Armadas contra narcotráfico na América Latina

O ditador da Venezuela tem a cabeça mais valiosa da política da América do Sul. Prêmio por Maduro aumentou 233% em 11 meses: agora, ele vale US$ 50 milhões

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 ago 2025, 20h44 - Publicado em 20 ago 2025, 08h00

No início do governo, Lula resolveu presentear o ditador venezuelano Nicolás Maduro com uma recepção com pompa no Palácio do Planalto. Tinha duplo objetivo.

Queria exibir-se com força e legitimidade de líder regional ao retirar o ditador do isolamento político imposto há mais de uma década pelos Estados Unidos.

Pretendia remarcar a América do Sul como território de influência da sua administração na relação com Washington, a mais relevante para a diplomacia brasileira.

“Eu acho que é bom eles entenderem que precisam da gente”, traduziu com peculiar humildade o conselheiro presidencial para política externa, Celso Amorim, em audiência no Senado.

Deu tudo errado. Antes de 2023 terminar, Maduro já havia escanteado Lula, rejeitando suas propostas de mediação com os EUA, a Guiana e a Argentina, assim como se recusou a pagar uma dívida (dois bilhões de dólares) com o Brasil pendente desde o primeiro governo Lula. Foi além, e incentivou aliados da Venezuela a fazer o mesmo.

Continua após a publicidade

Ano passado, por exemplo, Madurou patrocinou uma reunião de presidentes do Caribe para ouvir o ditador nicaraguense em longo discurso sobre o “ex-companheiro” do Partido dos Trabalhadores. Entre outras coisas, Ortega emoldurou Lula como “servil, traidor, rastejante, que tem se apresentado como muito progressista, muito revolucionário”.

Tem sido notável o silêncio do Planalto, desde a semana passada, sobre o avanço de uma força-tarefa naval dos EUA que deve chegar hoje ao mar da Venezuela.

.
(./VEJA)
Continua após a publicidade

Donald Trump resolveu usar força militar na repressão às máfias latino-americanas do narcotráfico, agora oficialmente declaradas organizações terroristas estrangeiras. É novidade o uso do esteio jurídico da política antiterrorismo para justificar operações militares em território estrangeiro contra criminosos comuns. Na América do Sul, o alvo primordial é o ditador venezuelano.

Pertence a Maduro a cabeça mais valiosa atualmente na política da América do Sul. A agência antidrogas (DEA) mantém três dezenas de processos criminais abertos em tribunais dos Estados Unidos, nos quais ele se destaca como chefe do condomínio de cleptocratas que controla parte substancial do tráfico de ouro, armas e drogas na Venezuela.

O prêmio pela captura do ditador Maduro, vivo ou morto, aumentou 233% nos últimos onze meses.

Continua após a publicidade

Em setembro do ano passado, os EUA ofereciam 15 milhões de dólares. Em janeiro, a oferta subiu para 25 milhões de dólares — equivalente ao preço pago pela cabeça do chefe terrorista Osama Bin Laden na década passada. No início deste mês a recompensa aumentou para 50 milhões de dólares, que valem 270 milhões de reais; ou seja, o dobro do prêmio de uma das loterias da Caixa Econômica Federal.

Na tarde desta quarta-feira (20/8) três navios de combate de superfície (USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson) chegam à costa venezuelana, onde já estão aviões, submarinos e parte de uma tropa estimada em quatro mil soldados.

Começa um novo ciclo: o uso de forças armadas para vigiar, caçar e combater inimigos não estatais em escala global. É fato relevante na política latino-americana.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 9,90/mês*
OFERTA MÊS DOS PAIS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.

abrir rewarded popup