Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Governo não sabe o que fazer com o lixo nuclear em SP e Minas

Livro joga luz sobre outro aspecto, ainda mais obscuro, da bilionária aventura atômica brasileira: o dos trabalhadores contaminados, “cobaias da radiação”

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 abr 2023, 15h15 - Publicado em 24 abr 2023, 09h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Brasil ainda não sabe o que fazer com o lixo nuclear depois de sete décadas produzindo urânio. A Agência Internacional de Energia Atômica e a Comissão Nacional de Energia Nuclear debatem “possíveis soluções” para os rejeitos mantidos em barragens e depósitos da empresa estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

    Os lixões atômicos estão no meio de áreas residenciais dos bairros de Interlagos, na zona sul de São Paulo, e de Botuxim, em Itu (SP), e na periferia da cidade de Caldas, em Minas Gerais.

    É crescente a resistência à manutenção dos depósitos de detritos nucleares em zonas urbanizadas, mas a empresa do governo federal ainda não sabe o que fazer com a escória atômica acumulada. Também não consegue convencer comunidades vizinhas aos depósitos e governos locais da “inexistência” de riscos ao meio ambiente e à saúde pública.

    A estatal INB é a herdeira do legado do programa nuclear brasileiro. Na prática, foi iniciado no governo Getúlio Vargas quando o empresário, editor e poeta Augusto Frederico Schmidt e o químico austríaco Kurt Weill criaram no bairro do Brooklin, em São Paulo, uma empresa privada de produção de urânio extraído de areias monazíticas.

    A história dessa parceria do poeta com o químico, com o discreto aval do almirante Álvaro Alberto, patrono do programa atômico, está documentada no livro Cobaias da Radiação, da jornalista Tânia Malheiros.

    Continua após a publicidade

    Ela ilumina outro aspecto, ainda mais obscuro, da bilionária aventura nuclear brasileira: a contaminação por radiação de dezenas de trabalhadores, durante décadas. Primeiro, na empresa de Schmidt e Weill, a Orquima, dos anos 40 a 70. Depois, na sucessora estatal Nuclemon, criada no Acordo Nuclear com a Alemanha, que em 1988 foi substituída pela INB no organograma da administração pública.

    Restam algumas dezenas de sobreviventes com a vida e famílias aprisionadas em situações dramáticas de saúde — variações de câncer, silicose, doenças respiratórias, auditivas e reumatismo, entre outros. Lutam nos tribunais para obter do governo federal garantia de assistência médica vitalícia.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.