Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise

Governo só criou confusão com morte e ressurreição da Funasa

Há 190 dias, cerca de 900 prefeitos estão à espera de uma solução do governo sobre o futuro da Fundação Nacional de Saúde

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 Maio 2024, 00h21 - Publicado em 11 jul 2023, 09h00

Há 190 dias, cerca de 900 prefeitos estão à espera de uma solução do governo sobre o futuro da Fundação Nacional de Saúde.

Um dos primeiros atos de Lula, depois da posse, foi extinguir a entidade, que há 33 anos era responsável por empreendimentos de saúde pública e de saneamento básico em cidades com menos de 50 mil habitantes. Numa canetada, acabou com 26 superintendências regionais e suprimiu gastos de 700 milhões de reais no orçamento deste ano.

A extinção da Funasa ocorreu por razões crípticas. No governo, alguns justificavam pela praticidade: seria menos um problema na mesa do chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), pessoalmente interessado na revogação da legislação sobre saneamento aprovada pelo Congresso no ano passado. Outros alegavam simbolismo: o governo queria eliminar um espaço de barganhas com partidos, que reconhecia como reduto de maracutaias orçamentárias do Centrão no Nordeste pelo menos desde o primeiro governo Lula.

Na madrugada da sexta-feira 2 de junho, a Câmara relutava em aprovar a Medida Provisória sobre a reorganização dos ministérios. Nunca um presidente precisara esperar cinco meses, 20 semanas, ou 3.600 horas, para obter o aval parlamentar à organização do próprio governo. Nunca, também, um governo gastara tanta energia, dinheiro e empenhara promessas no balcão das barganhas para conseguir aprovação dos deputados a um simples ato administrativo.

À 0h52 a MP estava aprovada, mas, para surpresa da oposição, o líder do governo anunciou no plenário a ressurreição da Funasa.

Continua após a publicidade

Há 190 dias multiplica-se a confusão. Convênios da Funasa com prefeituras de pequenas cidades, para obras de saneamento e postos de saúde, já não estavam sendo pagos pelo governo federal porque a fundação estava morta e enterrada por decreto. Agora, com a ressurreição, ninguém sabe o que fazer.

Obras estão paralisadas, municípios acumulam dívidas com fornecedores, contratos estão perdendo a validade e cerca de 300 prefeitos estão vulneráveis, sujeitos a processos de improbidade, a seis meses de uma nova temporada eleitoral. Em agosto começam a vencer contratos em mais 600 prefeituras.

Na semana passada, combinou-se uma reunião no Palácio do Planalto com o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias, deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), e a presidente da Comissão Mista de Orçamento, senadora Danielle Ribeiro (PSD-PB). No entanto, eles não foram recebidos.

O Senado resolveu por tema na pauta de votações desta semana. Agora, o governo só tem 24 horas para apresentar uma proposta sobre a ressurreição da Funasa no mapa da administração pública federal.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.