Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Informação e análise

Palavras proibidas no governo: “racionamento”, “blecaute” e “apagão”

O risco aumentou, mas governo dissimula aviso de perigo para não afetar a campanha de reeleição de Bolsonaro e aposta na "economia voluntária"

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 ago 2021, 13h33 - Publicado em 26 ago 2021, 09h00

Jair Bolsonaro teme os efeitos das palavras “racionamento”, “blecaute” e “apagão”, proibidas no governo. Também não pretende adotar medidas de contenção compulsória do consumo de energia, prefere a espontaneidade da “economia voluntária”.

É uma escolha política, adequada ao figurino da campanha de reeleição, e similar à realizada na pandemia, no ano passado, ao atrasar em pelo menos sete meses a compra de vacinas contra a Covid-19.

Como na pandemia, o problema com a energia é a realidade. Ontem, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) advertiu que “é imprescindível” aumentar a oferta de energia em 5,5 gigawatts médios entre setembro e novembro, para assegurar o abastecimento. Não é pouca coisa.

Significa que o déficit previsto de eletricidade nos próximos três meses é equivalente a 39% da quantidade de energia produzida pela Usina de Itaipu em tempos normais, com 20 turbinas geradoras e 14 GW de potência instalada em operação contínua para abastecer 16 Estados, principalmente o parque industrial do Sudeste.

-
(ONS, 25 de agosto de 2021/VEJA)
Continua após a publicidade

A situação se agrava, segundo o ONS, na “degradação das condições de armazenamento” de água nos reservatórios das hidrelétricas, principalmente na região Sul, onde revisões de estimativas meteorológicas indicam menor volume de chuvas entre agosto e novembro do que nesse mesmo período do ano passado.

O risco de racionamento aumentou, com impacto numa economia em agonia fiscal e ainda em recuperação da crise sanitária. São inevitáveis, e crescentes, os reflexos diretos na inflação — a taxa beira dois dígitos mensais, corrói as economias das famílias pobres e já arrasta a candidatura de Bolsonaro, como mostram pesquisas de intenção de voto.

O governo insiste em dissimular o aviso de perigo. Sem clareza com a sociedade, não pode esperar solidariedade.

Publicidade

Imagem do bloco
Continua após publicidade

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.