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Informação e análise
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Pesquisa: apelo de Lula e do PT já não encanta eleitores

Depois de três décadas de reprises em campanhas e governos, antigos dogmas sobre a intervenção do Estado na economia esmaeceram aos olhos da maioria

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 abr 2023, 09h56 - Publicado em 11 abr 2023, 09h30
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  • Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva speaks during a ministerial meeting to celebrate the first 100 days of his government at the Planalto Palace in Brasilia on April 10, 2023. (Photo by EVARISTO SA / AFP)
    Lula — (Evaristo Sa/AFP)

    Lula e o Partido dos Trabalhadores aproveitaram as celebrações dos primeiros cem dias de governo, na segunda-feira, 10, para renovar compromissos com um antigo ideário de intervenção do Estado na economia.

    Na leitura da cúpula do partido, a base da “solidariedade ativa” ao governo Lula está no antigo apelo político sobre “o papel do Estado brasileiro na retomada do crescimento econômico”.

    Em nota pública, o diretório nacional do PT exaltou as reafirmações de Lula nas últimas sete semanas sobre a “retomada do papel estratégico da Petrobras no desenvolvimento, a suspensão de seu desmonte e da privatização de outras empresas públicas e estatais”.

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    (./VEJA)

    Não há nada de novo no front petista nem na retórica de Lula. Tem sido assim há 34 anos, desde que ele estreou no ofício de candidato à presidência da República (em 1989, perdeu para Fernando Collor).

    Uma novidade, no entanto, está no comportamento do eleitorado, captada pelo Datafolha em pesquisa sobre os primeiros cem dias de governo.

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    São claros os sinais de que a palavra “privatização” está perdendo o apelo negativo que Lula e o PT lhe atribuíram nas campanhas eleitorais últimas três décadas.

    A taxa de apoio à privatização de empresas e serviços públicos cresceu significativamente, entre setembro do ano passado, às vésperas da eleição presidencial, e a última semana de março.

    Aumentou a proporção de eleitores a favor nos últimos seis meses (passou de 26% para 38%). E diminuiu a taxa daqueles que são contrários (caiu de 66% para 45%).

    Os eleitores mais jovens são mais favoráveis às teses sobre privatizações de companhias e serviços estatais (41% a favor, 33% contra). Eles têm entre 16 a 24 anos de idade, nasceram num mundo inteiramente conectado pela internet.

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    O apelo político da cartilha antiprivatização ainda ecoa, mas, informa a pesquisa, já não encanta ou magnetiza aqueles eleitores (25 a 44 anos) que atravessaram a vida convivendo com Lula no papel constante de candidato à presidência.

    Nessa faixa etária, a retórica em defesa da prevalência das empresas públicas e estatais só alcança maioria (45% contra 36% a favor) entre eleitores de 25 a 34 anos. No contigente seguinte, de 35 a 44 anos, tem-se um empate (43%).

    Para Lula e o PT, esses resultados do Datafolha não contêm boa notícia. Confirma-se na avaliação majoritária (54%) dos produtos e serviços das empresas privadas como melhores do que os das empresas estatais, seguido por parcela (26%) que considera muito melhores e outro tanto (28%) um pouco superior.

    Depois de três décadas de reprises promovidas por Lula e pelo PT, antigos dogmas sobre a intervenção do Estado na economia transparecem desbotados, esmaecidos aos olhos da maioria (58%) de um eleitorado cada vez mais crítico e incomodado com a qualidade dos produtos e serviços estatais.

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