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José Casado

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Informação e análise

Presidentes da Câmara e do Senado perderam controle do plenário

Leniência com a delinquência parlamentar levou os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, a uma situação de extrema fragilidade

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 ago 2025, 09h40 - Publicado em 7 ago 2025, 08h00

A leniência com a delinquência parlamentar levou os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre a uma situação de extrema fragilidade.

Eles se deixaram imobilizar por um grupo de parlamentares aliados de Jair Bolsonaro e, literalmente, perderam o controle dos plenários que deveriam comandar.

Motta precisou de mais de 30 horas de negociação para conseguir chegar à cadeira da presidência da Câmara. Sentou-se, fez um discurso de 17 minutos e, por várias vezes, reclamou do cerco imposto por um grupo de deputados no alto do plenário.

Alcolumbre precisou de mais tempo. Adiou a reabertura do Senado para a manhã desta quinta-feira. “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento”, bravateou em nota pública. Em seguida, avisou que a sessão será virtual, para evitar mais constrangimentos da guerrilha parlamentar bolsonarista.

Um diagnóstico da crise foi apresentado num “sincericídio” do líder da bancada do Partido Liberal na Câmara, Sóstenes Cavalcante: “O Congresso está desmoralizado.”

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Com os filhos parlamentares de Bolsonaro e o senador Rogerio Marinho, do PL do Rio Grande do Norte, o deputado Cavalcante combinou e ajudou a organizar alguns episódios dessa guerrilha planejada no mês passado, cujo roteiro encaminha uma novidade política — a instituição de um regime “anarcoparlamentarista”.

A leniência com a delinquência nos plenários do Congresso, transformados em estúdios de marketing parlamentar para redes sociais, produziu uma atmosfera desatinada, onde o novo normal é abjurar a civilidade e a regra básica é o desrespeito irrestrito aos adversários.

Motta e Alcolumbre não são os primeiros chefes do Legislativo a relutar na aplicação das regras de ordem e decoro parlamentar. Seus antecessores são igualmente responsáveis pela rotina parlamentar com cenas assim:

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— Pois não, babaca. Quem falou aí?

Paulo Fernando dos Santos, 65 anos, advogado de formação, mais conhecido como Paulão do PT de Alagoas, não gostou da interrupção do seu discurso na tribuna da Câmara.

— Fui eu — respondeu do plenário o deputado Gilvan Aguiar Costa, 46 anos, policial federal eleito como Gilvan da Federal pelo Partido Liberal do Espírito Santo.

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— Obrigado, babaca. Você tem de aprender o que é democracia… — devolveu o
petista.

— Babaca é você — gritou Gilvan. — Eu tenho nojo, eu tenho asco de vocês da esquerda, do PT e do PSOL.

No salão da Câmara, as cenas sempre ganham um toque surrealista com o desfile de um deputado equilibrando na cabeça um  grande e velho exemplar encadernado da Bíblia. Manoel Isidorio de Santana Junior, 60 anos, eleito pelo Avante da Bahia é um policial militar que se diz um “ex-gay” convertido em pastor evangélico. Na confusão de ontem, ele erguia o livro sagrado dos cristãos numa oferenda a Hugo Motta, o presidente da Câmara que se deixara emparedar pela fração bolsonarista.

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