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Melhorar a adesão a medicamentos para tratar doenças e fatores de risco cardiovasculares evita desfechos trágicos, conclui novo estudo

Por Paulo Berh*
Atualizado em 27 fev 2025, 10h38 - Publicado em 27 fev 2025, 10h26

As doenças cardiovasculares continuam sendo um desafio importante para a saúde global. São a principal causa de mortalidade em todo o mundo, sendo responsáveis por estimadas 17,9 milhões de mortes anualmente, ou 31% dos óbitos totais.

Fatores de risco como hipertensão, hipercolesterolemia, diabetes, tabagismo, obesidade e estilo de vida sedentário, contribuem significativamente para esse aumento do número de mortes.

Do ponto de vista econômico, essas doenças impõem uma carga expressiva, não apenas pelos custos diretos com a saúde, mas também pelos custos indiretos associados à perda de produtividade e incapacidades de longo prazo. É fundamental, portanto, adotar estratégias que promovam mudanças no estilo de vida e prevenção.

Uma análise recente envolvendo mais de quatro milhões de pacientes em 46 estudos observacionais indica que um aumento de 20% na adesão a medicamentos pode reduzir o risco de eventos cardiovasculares e AVC, além de diminuir a mortalidade. As taxas de redução variaram entre 7% e 18% para diferentes indicadores, embora alguns resultados não tenham alcançado significância estatística.

Apesar das limitações inerentes aos estudos observacionais, as evidências dos riscos associados à baixa adesão medicamentosa reforçam a necessidade global de implementar estratégias que melhorem a adesão aos tratamentos cardiovasculares.

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Esses achados enfatizam que aumentar a adesão aos tratamentos é crucial para o sucesso no manejo de condições crônicas. Em particular, a terapia antirretroviral para HIV exige adesão de até 95% para controlar a carga viral. Essa necessidade varia conforme a saúde do paciente, a janela terapêutica do medicamento e outras circunstâncias individuais, o que implica a importância de estratégias de adesão personalizadas.

Para aumentar a adesão, é fundamental simplificar regimes de medicação, dedicar atenção à educação do paciente e promover uma comunicação eficaz entre médicos e pacientes. Estabelecer as barreiras multifacetadas à adesão é essencial para otimizar os desfechos cardiovasculares.

Fatores relacionados aos pacientes (esquecimento, crenças sobre a medicação, efeitos colaterais percebidos), desafios socioeconômicos (custo dos medicamentos, educação do paciente) e obstáculos do próprio sistema de saúde (regimes de medicação complexos, falta de acompanhamento) devem ser abordados sistematicamente para melhorar as taxas de adesão.

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A Organização Mundial da Saúde identifica alguns fatores que impactam a adesão, categorizando-os entre os relacionados ao paciente, à doença, à terapia, ao contexto socioeconômico e ao sistema de saúde. Educação do paciente, regimes de medicamentos simplificados e uma comunicação aprimorada entre prestadores de saúde e pacientes são essenciais para melhorar a adesão e, consequentemente, os desfechos clínicos.

De acordo com a principal metodologia utilizada nos estudos observacionais, há uma certeza moderada das evidências de que pacientes que aderem adequadamente aos seus medicamentos cardiovasculares prescritos experimentam uma redução nas taxas de morte, AVC e desfechos cardiovasculares em comparação com indivíduos com menor adesão.

A conscientização e a mobilização sobre essa causa são urgentes!

* Paulo Berth é cardiologista e diretor do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia 

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