Desde há muito tempo é conhecida a capacidade refrativa da córnea. Em outras palavras, a córnea, que é um tecido localizado na frente do olho, tem importante papel na formação da imagem trabalhando como se fosse uma lente natural.
Uma vez que alteramos a curvatura da córnea, sua capacidade refrativa muda levando a mudanças no seu poder dióptrico, ou seja, a cirurgia muda seu grau.
Pois então, a cirurgia de miopia e da hipermetropia baseia-se exatamente nisso pois ela muda a curvatura da córnea . O laser utilizado (excimer laser ou laser de fotoablação) atua como que evaporando parte deste tecido corneano, deixando-o mais plano no caso da miopia e mais curvo no caso da hipermetropia. A imagem projetada nesta nova realidade aproxima-se do plano retiniano e a ametropia (grau) é corrigida.
A pergunta que sempre surge diz respeito a elegibilidade para o procedimento. Eu diria que nada substitui a avaliação oftalmológica na qual dados como espessura e curvatura da córnea são verificados, bem como o formato. Tudo isto considerado em conjunto, levando em conta também a idade do paciente e suas necessidades, permitem ao médico e ao paciente decidir a melhor conduta frente ao caso.
Digo isto pois a proposta deste procedimento é algo efetivamente qualitativo e não quantitativo, o que deixa claro que o termo “zerar” é impróprio para que se obtenha sucesso e que, muitas, vezes o intento da correção pode ser bom para longe e, eventualmente, prejudicar a visão para perto. Nada muito sério, mas que deve ser esclarecido previamente.
A recuperação do procedimento é rápida e não impede o tratamento de outras doenças que possam surgir posteriormente, como e o caso da catarata. O que sempre se pergunta é quando, então, surge a presbiopia, a chamada “vista cansada” e, neste sentido, nada melhor do que o pleno entendimento desta condição junto ao médico oftalmologista
Podemos dizer que o procedimento refrativo é bastante seguro sendo que a maioria dos casos deriva de um mau entendimento das limitações do próprio método. O resultado é considerado bom, não por aspectos quantitativos mas, principalmente por aspectos qualitativos. Isto é: ao final do processo o paciente deve não precisar de óculos na maior parte do tempo, embora, eventualmente, ele possa ser necessário.
A estabilidade do grau também é fundamental. Portanto, em geral pacientes com menos de 21 anos não são candidatos pois potencialmente ainda podem mudar as características de seus olhos. Existem ainda limites para os quais a capacidade do laser deve ser respeitada e portanto, graus muito elevados não são corrigíveis.
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Quem faz Letra de Médico
Adilson Costa, dermatologista
Adriana Vilarinho, dermatologista
Ana Claudia Arantes, geriatra
Antônio Frasson, mastologista
Artur Timerman, infectologista
Arthur Cukiert, neurologista
Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião
Bernardo Garicochea, oncologista
Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
Claudio Lottenberg, oftalmologista
Daniel Magnoni, nutrólogo
David Uip, infectologista
Edson Borges, especialista em reprodução assistida
Fernando Maluf, oncologista
Freddy Eliaschewitz, endocrinologista
Jardis Volpi, dermatologista
José Alexandre Crippa, psiquiatra
Luiz Rohde, psiquiatra
Luiz Kowalski, oncologista
Marcus Vinicius Bolivar Malachias, cardiologista
Marianne Pinotti, ginecologista
Mauro Fisberg, pediatra
Miguel Srougi, urologista
Paulo Hoff, oncologista
Paulo Zogaib, medico do esporte
Raul Cutait, cirurgião
Roberto Kalil – cardiologista
Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
Salmo Raskin, geneticista
Sergio Podgaec, ginecologista
Sergio Simon, oncologista