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Enxaqueca ou sinal de alerta? Entenda como diferenciar as dores de cabeça

Tumores cerebrais também podem causar dor de cabeça, mas são menos frequentes; enxaqueca é a segunda doença mais incapacitante do planeta

Por Tiago de Paula e Ramon Andrade de Mello*
14 ago 2025, 08h00

Nem toda dor de cabeça é igual e, em alguns casos, ela pode indicar uma doença crônica, como a enxaqueca, ou ser um sintoma neurológico de um tumor no cérebro.

É importante se atentar aos detalhes. A dor de cabeça da enxaqueca é de origem primária, genética, e a dor de cabeça de um câncer cerebral é de origem secundária, quando ocorre um insulto agudo aos neurônios pela presença de um tumor, que tem múltiplas causas.

A enxaqueca é uma condição neurológica crônica que, além da dor pulsátil de um lado da cabeça, causa náuseas, sensibilidade à luz e ao som. As crises podem durar de quatro até 72 horas. Também há piora no sono, na atenção e na memória.

Quando há uma mudança significativa no padrão da dor, é importante buscar ajuda médica. Se a pessoa começa a sentir uma dor de cabeça nova, ou se a dor aumenta de intensidade, fica mais frequente, mais difícil de controlar ou localizada sempre no mesmo ponto da cabeça, é preciso investigar as causas e chegar a um diagnóstico.

É importante entender que os dois casos, enxaqueca e tumor cerebral, precisam ser tratados. Apesar de frequente, a enxaqueca ainda é subestimada e muito pouco tratada. É uma doença que pode “detonar” a vida de uma pessoa de forma silenciosa e o atendimento neurológico é fundamental para diminuir a intensidade e frequência das dores, oferecendo qualidade de vida ao paciente.

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A dor provocada pelo câncer tem diferentes características. O principal indicativo de uma dor de cabeça de um tumor cerebral é a hipertensão intracraniana, uma dor que costuma ser pior quando o paciente acorda pela manhã ou quando ele se deita. E, ao longo do dia, esse desconforto tende a melhorar.

A enxaqueca é uma doença em que a dor de cabeça é um sintoma recorrente, com padrões já conhecidos e entendidos. A dor de tumor costuma acontecer de forma mais aguda. Quando o paciente também apresenta fraqueza em um lado do corpo, crises epilépticas, alterações da fala, perda de visão, formigamentos, boca torta ou confusão mental, o neurologista precisa investigar a possibilidade de um tumor, principalmente se esses sintomas forem novos.

O fato de ter um tumor cerebral também não exclui o paciente de ter enxaqueca, já que esta é uma doença extremamente comum. Tratar a enxaqueca também se faz necessário no paciente oncológico.

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Apesar do avanço das neuroimagens, como a ressonância magnética, não há exames de rastreio populacional eficazes para tumores cerebrais. Mas quando há a suspeita, um simples exame de oftalmoscopia indireta, pode ser feito antes mesmo da tomografia para descobrir se o paciente tem uma hipertensão intracraniana. E, em qualquer desconfiança, o exame de imagem pode ser solicitado.

O tumor cerebral pode ser tratado com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação desses métodos. No caso da enxaqueca, os tratamentos incluem atuação nos gatilhos e cronificadores da doença, mas é possível receitar medicamentos monoclonais anti-CGRP, primeiros medicamentos desenvolvidos, do início ao fim, para enxaqueca. A combinação com a toxina botulínica, o conhecido botox, tem se mostrado mais eficaz do que o uso isolado dessas terapias.

Em todos esses casos, a avaliação individual é essencial para recomendação do plano de tratamento mais adequado para cada caso.

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*Tiago de Paula é médico neurologista especialista em Cefaleia pela Escola Paulista de Medicina (EPM/UNIFESP), membro da International Headache Society (IHS) e da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), e integrante do corpo clínico do Headache Center Brasil, em São Paulo (SP)

*Ramon Andrade de Mello é médico oncologista do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo), vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia, pesquisador honorário da Universidade de Oxford (Inglaterra), pesquisador sênior do CNPQ (Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico), vice-líder do programa de Mestrado em Oncologia da Universidade de Buckingham (Inglaterra), pesquisador e professor do doutorado da Universidade Nove de Julho (Uninove) e membro do Conselho Consultivo da European School of Oncology (ESO)

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