Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Letra de Médico

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Orientações médicas e textos de saúde assinados por profissionais de primeira linha do Brasil

Mamografia e outros exames que fazem a diferença contra o câncer de mama

Especialista conta como avanços tecnológicos e a personalização do rastreamento estão redefinindo o combate à doença

Por Renato Leme de Moura Ribeiro*
Atualizado em 10 Maio 2024, 08h29 - Publicado em 20 out 2023, 08h00

Os tumores de mama são a principal causa de mortalidade por câncer no sexo feminino em todo o mundo. Estima-se que uma em cada oito mulheres será afetada pela doença durante a vida, conforme dados da GLOBOCAN 2020. A detecção precoce é a chave para o tratamento bem-sucedido, uma vez que detecta tumores ainda em estágio que não produzem sintomas, aumentando significativamente a chance de cura.

Para a finalidade de rastreamento, felizmente a medicina já conta com uma gama de exames. São eles:

Mamografia: exame considerado o mais eficiente para o rastreamento populacional e que comprovadamente reduz a mortalidade pelo câncer de mama. É indispensável e insubstituível para a detecção da doença em pacientes a partir dos 40 anos. Com frequência, deparamos com mulheres que trazem dúvidas na expectativa de realizar um rastreamento efetivo apenas com exames de ultrassonografia ou ressonância magnética, mas a mamografia continua sendo o principal método de escolha. É importante ressaltar a necessidade de se realizar o exame com a técnica de posicionamento adequada e com equipamentos bem calibrados, sendo vantajoso o uso da tecnologia digital de aquisição.

Tomossíntese: um avanço tecnológico na mamografia convencional (2D), esse método, também conhecido como mamografia 3D, é um exame por meio do qual são realizadas imagens multiplanares da mama (semelhantes a de uma tomografia), permitindo que os radiologistas analisem os exames de forma mais detalhada e com maior taxa de detecção de carcinomas invasivos quando comparados à mamografia 2D isoladamente, especialmente em mamas densas. Esta técnica tem a vantagem de reduzir os resultados falsos positivos, muitas vezes diminuindo também a necessidade de reconvocações para complementações e a consequente ansiedade gerada na existência de dúvida no diagnóstico. Quando disponível e acessível, a tomossíntese é atualmente o método preconizado para o rastreamento do câncer de mama.

Ultrassonografia mamária: é um exame que não utiliza radiação e, no Brasil, realizado exclusivamente por médicos, sendo recomendado como complemento à mamografia em pacientes com mamas densas e, frequentemente, utilizado para a avaliação de lesões  suspeitas. É indicado eventualmente a pacientes jovens ou com queixas palpáveis.

Continua após a publicidade

Ressonância magnética: método de alta tecnologia, que também não se vale de radiação, e cada vez mais recomendado para o rastreamento de mulheres com alto risco para câncer de mama, como aquelas com histórico familiar da doença ou mutações descobertas por testes genéticos.

Além desses recursos, a inteligência artificial vem desempenhando um papel cada vez mais importante no diagnóstico do câncer de mama. Algoritmos para analisar imagens de mamografia e ressonâncias magnéticas já são realidade e oferecem verdadeiro suporte aos médicos para interpretação, tornando-se uma ferramenta capaz de mudar a história da prevenção da doença.

A inteligência artificial pode auxiliar na redução de erros humanos, assim como diminuir o tempo de análise. No escopo da mamografia, permitirá maior abrangência do rastreamento, ampliando a disseminação dos meios diagnósticos a populações que ainda carecem desses exames.

Continua após a publicidade

Esses avanços tecnológicos na área da saúde vêm ao encontro de uma abordagem cada vez mais valorizada, a personalização do rastreamento do câncer, baseada em fatores de risco e especificidades individuais. Ela permite adaptar um plano de acompanhamento e tratamento de acordo com as particularidades de cada paciente.

Nesse contexto, o radiologista, que é o especialista em medicina diagnóstica, passou a ser fundamental como consultor dentro de um processo de atendimento individualizado, ajudando na escolha da melhor forma de rastreamento, detecção precoce e tratamento.

As inovações no rastreamento do câncer de mama trazem mais esperança no enfrentamento da doença. E provam que a tecnologia pode ser uma aliada da conscientização na primeira linha de defesa contra esse problema de saúde pública.

Continua após a publicidade

* Renato Leme de Moura Ribeiro é médico radiologista e coordenador do Grupo de Imagem Mamária do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.