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Peso e fertilidade: obesidade e magreza extrema reduzem chance de gravidez

Excesso de peso tem sido associado a maior risco de infertilidade, mas redução excessiva do percentual de gordura também bagunça hormônios reprodutivos

Por Rodrigo Rosa*
28 ago 2025, 08h00

Estar acima do peso pode representar um risco de desenvolvimento de diversas doenças e também interferir na fertilidade. Mas, na verdade, na nova onda de emagrecer a qualquer custo, reduzindo ao máximo o percentual de gordura, a magreza extrema também entra no debate.

A ovulação e a função reprodutiva são eventos biológicos dependentes das reservas energéticas do corpo. Não só o peso em específico, mas principalmente a composição corporal e a distribuição de gordura no corpo, além da qualidade da dieta e o sedentarismo, podem, sim, estar ligados à infertilidade feminina.

Extremos como magreza extrema e obesidade são fatores de risco para infertilidade entre as mulheres.

Sobre o excesso de peso corporal, o risco é de distúrbios ovulatórios, que representam 25 a 50% de todas as causas de infertilidade em mulheres, e uma proporção significativa está direta ou indiretamente relacionada ao sobrepeso e à obesidade.

O excesso de peso é associado à anovulação (termo que define a ausência de ovulação). O Índice de Massa Corporal (IMC) acima da faixa normal pode comprometer a ovulação mesmo em mulheres com ciclos menstruais regulares. Além disso, quando ocorre a gravidez, aumenta-se o risco de diabetes gestacional ou pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gestação).

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A mulher que deseja engravidar, se apresentar alterações metabólicas como obesidade e resistência insulínica ou histórico familiar de diabetes, deve ser encorajada a fazer mudanças imediatas no hábito alimentar para ajudar nas chances de concepção e na prevenção de doenças durante a gestação.

Já no outro extremo, a magreza excessiva pode afetar diretamente o equilíbrio hormonal e o funcionamento do ciclo menstrual. Hoje não é incomum ver mulheres querendo diminuir o percentual de gordura abaixo dos 10%.

Dependendo desse percentual, podem ocorrer alterações no eixo hipotálamo-hipófise-ovariano e o corpo entende que não há condições adequadas para uma gestação, além de predispor à anovulação.

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Também há um risco de amenorreia hipotalâmica funcional, condição comum em mulheres com baixo peso, atletas ou que sofrem de distúrbios alimentares. A menstruação desaparece não por uma alteração nos órgãos reprodutivos, mas por um ‘bloqueio’ do cérebro devido ao estresse metabólico e à escassez de energia. Sem menstruação, não há liberação regular de óvulos.

A magreza extrema também atua na redução de leptina, hormônio produzido pelas células de gordura, que ajuda a regular o apetite e também a função reprodutiva. A leptina em queda suprime ainda mais o eixo reprodutivo, dificultando a concepção.

E, por fim, mesmo que ocorra a fecundação, a deficiência de nutrientes, vitaminas lipossolúveis e gordura corporal pode comprometer o desenvolvimento adequado do endométrio (a camada do útero onde o embrião se fixa). Isso prejudica a implantação do embrião e aumenta o risco de abortos espontâneos.

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O melhor a fazer é buscar ajuda médica de um especialista em reprodução humana, bem como readequar a dieta com orientação de um nutricionista e, de preferência, buscar fazer atividade física supervisionada por um profissional de educação física.

*Rodrigo Rosa é ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana, sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana, membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH)

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