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Próteses de silicone: é preciso trocá-las de tempos em tempos?

Especialistas esclarecem quando realmente é preciso realizar um novo procedimento para substituir os implantes nos seios

Por Romero Almeida e Wellerson Mattioli*
Atualizado em 1 jul 2025, 17h50 - Publicado em 1 jul 2025, 07h30

A cirurgia de aumento mamário com próteses de silicone é um dos procedimentos estéticos mais realizados no Brasil há décadas. Porém, existe um mito que assusta muitas mulheres: será que o implante de silicone precisa obrigatoriamente ser trocado a cada 10 anos?

A pergunta torna-se ainda mais relevante tendo em vista as últimas notícias de celebridades que decidiram trocar as próteses ou ainda retirar o implante.

Mas é muito importante entender que não existe um prazo fixo para a troca, e as próteses modernas, de alta qualidade, podem durar a vida toda, desde que não apresentem complicações ou alterações significativas.

Existem raras situações em que realmente é preciso trocar a prótese. Quais são os principais sinais? Dor, endurecimento, alteração no formato, ondulações visíveis, incômodo físico e até mesmo o desejo estético por uma mudança no tamanho dos seios. Tudo isso deve passar pela avaliação médica para entender o que acontece.

A principal indicação para refazer a cirurgia é uma complicação chamada contratura capsular. De forma simples, quando o corpo reconhece a prótese como um “corpo estranho”, ele naturalmente forma ao redor dela uma cápsula de tecido fibroso. Isso é esperado e normal.

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O problema surge quando essa cápsula se torna rígida e contrai demais, apertando a prótese, deformando a mama, causando dor e gerando a sensação de que o silicone “empedrou”.

O tratamento envolve a retirada dessa cápsula e, muitas vezes, a troca da prótese, reposicionando-a para o plano submuscular, onde a proteção muscular ajuda a evitar o problema.

Além da contratura capsular, há outras três razões pelas quais pacientes podem querer (ou precisar) trocar suas próteses de silicone.

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O rippling, por exemplo, é caracterizado como uma ondulação visível nas mamas. Isso acontece principalmente quando a paciente é muito magra e a prótese está muito próxima da pele, sem músculo para cobrir. Embora não seja uma complicação médica, muitas mulheres se incomodam esteticamente. A solução pode ser a troca por uma prótese diferente ou a mudança de plano cirúrgico, para que o músculo se interponha entre a pele.

Outra questão importante é quando a paciente já tem próteses muito grandes. Com o tempo, isso pode gerar desconforto físico, sobrecarregar a coluna, provocar dores e afetar a postura. Nesses casos, pode ser indicada a troca por próteses menores ou até o explante (retirada total).

E, por fim, os padrões de beleza mudam e, com isso, algumas pacientes decidem refazer a cirurgia. Se antes a moda eram seios volumosos, hoje busca-se resultados mais naturais. Por isso, muitas optam por reduzir ou remover os implantes, buscando harmonia corporal e um visual mais discreto.

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De qualquer maneira, é necessário deixar claro que as próteses modernas não têm um “prazo de validade fixo”. Se não há complicações, alterações estéticas incômodas ou rupturas, não há necessidade automática de trocar a prótese!

* Romero Almeida é cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Brazilian Association of Plastic Surgeons; Wellerson Mattioli é cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Brazilian Association Plastic Surgeons 

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