Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Lillian Witte Fibe

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Política, economia e outros temas do momento. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Cadê o candidato contra corrupção, e não contra os velhinhos?

Só agora ladrões contumazes de impostos por 50 anos começam a ser presos. Procura-se candidato preocupado de fato com a causa número 1 das mortes violentas.

Por Lillian Witte Fibe 24 jun 2018, 11h00

Cheguei. De volta à realidade brasileira.Há uns 15 ou 20 dias meio desligada do nosso noticiário, olho mais de perto as recentes notícias sobre o Brasil.
Delação de Palocci homologada, assessores vip de tucanos de São Paulo presos, e um mar de habeas corpus no banco de espera do Supremo.
Daqui a pouco acaba a Copa e começa a campanha eleitoral.
Eu queria muito ver um, só um, dos nossos economistas fazer uma conta simples.
Para apenas estimar o aumento da renda per capita se a roubalheira que mina os cofres públicos fosse reduzida a padrões – digamos – dos 50 países com menor índice de corrupção. Dá pra pegar os rankings da Transparência Internacional, por exemplo.
Os mesmos profissionais que tão fervorosamente defendem a reforma da previdência, por exemplo, saberiam calcular também as privações por que todos nós passamos porque União, Estados e municípios alegam falta de dinheiro.
Estradas, educação, saúde e segurança.
Não tem dinheiro pra nada, as pessoas morrem em proporções equivalentes à de uma guerra civil por falta de serviços básicos, e a prioridade, segundo nossos matemáticos, é mexer na previdência.
Sim, aumentar a idade com que as pessoas podem se aposentar está em discussão no mundo todo.
É fato que vivemos mais.
É fato que há menos crianças nascendo e menos jovens economicamente ativos pagando impostos para sustentar as aposentadorias.
É fato que as aposentadorias do setor público, bem como os salários de alguns setores, são maiores do que na iniciativa privada.
Tudo isso precisa ser revisado e mudado.
Mas a prioridade não é essa por uma questão simples.
Governo que rouba e Congresso inundado de corruptos e investigados não têm legitimidade para mexer em direitos do contribuinte.
Ponto.
As eleições vêm aí.
Tudo o que péssimos governantes querem é desviar a atenção do eleitor das espantosas notícias sobre corrupção, para abraçar bravatas outras.
E convencer a turba (nós) de que candidato bom é candidato que defende reformas estruturais.
A reforma estrutural zero de que o Brasil precisa é mais decência na administração da coisa pública, e não mais tungada nos velhinhos.
Vejo a mídia embarcando nessa corrente, e me sinto no dever de registrar que não é nas contas visíveis que precisamos mexer primeiro.
O conserto só vai dar certo quando e se começarmos a mexer no mundo invisível dos propinodutos que reinam impunes desde que a gente se conhece por gente.
Os bilionários Maluf e Marin – para mencionar só dois dos velhinhos presos recentemente – roubaram a rodo durante meio século com a certeza de que a lei não valia pra eles.
Não fosse o mensalão, a pertinácia de Joaquim Barbosa, e depois a metástase da Lava Jato com todos os seus desdobramentos, jamais estaríamos vendo esse começo de resgate da cidadania.
E ainda vem aí outro cancro: o dos doleiros.
Não podemos nos dar ao luxo de abrir mão disso.
E entre os candidatos que, segundo as pesquisas, parecem viáveis à presidência, só vejo gente abanando propostas de reformas tributária e previdenciária, acompanhadas de metas de redução de déficit tão lindas quanto inviáveis.
Nenhum deles abraça a bandeira de reforço das instituições que combatem o crime organizado, ou a do fim do foro privilegiado amplo e praticamente geral.
Vejo frases de efeito pontuais aqui e acolá.
E muitos, inclusive os que vão se reeleger nos contaminados parlamentos, deliberados a manter o status quo das malas de dinheiro.
Tudo errado.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.