O general Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro, carimbou o eleitor com alguns adjetivos horrorosos, surpreendeu e, de novo, está nas manchetes.Manchetes ainda maiores do que as de 2015, quando foi demitido do Comando Militar do Sul por ordem da ex-presidente Dilma Rousseff, depois de uma série de declarações e eventos que nem compensa relembrar aqui (de qualquer forma, apenso abaixo três links).
Ocorre que, na ocasião, ele pronunciou também a seguinte frase: “a maioria dos políticos de hoje parecem privados de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto dominam a técnica de apresentar grandes ilusões”.
O que me faz pensar sobre os “atributos intelectuais” não só dele, como também de seu companheiro de chapa e candidato a presidente.
Porque as palavras que ele empregou ontem para “caracterizar” índios (indolência) e negros (malandragem) são sinônimas.
Segundo o Houaiss – que, aliás, nos dois casos lista também vários exemplos de antônimos bem interessantes.
A indolência, a malandragem e também a busca pelo privilégio (que ele disse ser herança dos ibéricos) permeiam os poderes de nossa valiosa democracia.
Busca pelo privilégio tem tudo a ver com indolência e malandragem.
Também são sinônimos, general.
Pior, muito pior, é o ‘indolente malandro que busca privilégio’ e faz questão de agregar a essas características uma outra: a de ladrão dos cofres públicos. Que rouba dinheiro do contribuinte.
Que rouba leite da merenda das crianças. Que priva as pessoas de médicos, de macas e de hospitais.
https://beta-develop.veja.abril.com.br/blog/rio-grande-do-sul/vice-de-bolsonaro-pais-herdou-indolencia-do-indio-e-malandragem-do-negro/
https://beta-develop.veja.abril.com.br/politica/temer-vai-demitir-general-que-o-acusou-de-fazer-balcao-de-negocio/
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,comandante-do-exercito-demite-general-que-pediu-despertar-de-luta-patriotica,10000000900