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IPCA de setembro sinaliza inflação de 3,5% em 2019

Surpresas vieram dos grupos alimentação e serviços; resultado cria ambiente para Copom fixar a taxa Selic em 4,5% no final deste ano

Por Maílson da Nóbrega 9 out 2019, 11h12

O comportamento dos preços em setembro, há pouco divulgado pelo IBGE, surpreendeu: houve deflação de 0,04%. O IPCA é o menor para o mês desde 1998. As projeções de consultorias e do mercado financeiro apontavam para alta em torno de 0,20%. Com isso, ficou reforçado o quadro de inflação declinante, que poderá terminar o ano em 3,5%.

A principal consequência desse resultado é criar as condições para a continuidade da queda da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, em ritmo mais forte do que se esperava. Nas últimas previsões da pesquisa Focus, divulgadas pelo BC, estimava-se que a Selic poderia encerrar 2019 em 4,75% ao ano (atualmente, em 5,5%). Assim, o Copom pode realizar dois cortes de 0,5 ponto percentual, no final deste mês e em dezembro. A Selic terminaria o ano em 4,5%, o menor nível da história.

A surpresa do IPCA de setembro veio de dois de seus principais grupos: alimentos e serviços. No caso dos alimentos (25% do índice), o IPCA refletiu o comportamento mundial das commodities, que decorre de uma demanda mais fraca e do fortalecimento do dólar americano. Mesmo que tenha havido uma desvalorização do real frente ao dólar, os preços em moeda nacional caíram. Além disso, verduras e hortaliças, que não se influenciam por movimentos de oferta e demanda do resto do mundo, continuam caindo desde julho, devolvendo a alta que haviam experimentado no início deste ano.

Já o grupo dos serviços (36% do índice), que havia sido o vilão da inflação há poucos anos, continua desacelerando. Esse efeito decorre essencialmente da fraqueza da demanda interna e do mercado de trabalho, mesmo que os gastos com saúde e cuidados pessoais tenham aumentado.

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Se a estimativa do IPCA for confirmada, os 3,5% para 2019 ficarão bem abaixo da meta oficial para inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, de 4,25% para este ano. Para o próximo ano, a meta é de 4%, o que, salvo algum choque externo ou interno, será também cumprida com folga. Isso se reforça com a nova Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), recentemente divulgada pelo IBGE, que pode contribuir para uma redução de até 0,2 ponto percentual no IPCA de 2020.

Se assim for, tudo indica que a taxa Selic deve permanecer em 4,5% durante todo o ano de 2020. A política monetária terá efeito estimulante na economia, reforçando as chances de um crescimento nas proximidades de 2% no próximo ano.

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