Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Maílson da Nóbrega

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog do economista Maílson da Nóbrega: política, economia e história
Continua após publicidade

PIB do 1º tri mostra expansão quase generalizada da economia

Desempenho da atividade econômica surpreendeu para melhor quando comparado às estimativas iniciais; apenas consumo das famílias e do governo recuaram

Por Maílson da Nóbrega Atualizado em 1 jun 2021, 10h52 - Publicado em 1 jun 2021, 09h20
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O PIB do 1º trimestre veio melhor do que se esperava no início do ano. Os sinais de que as expectativas seriam superadas ficavam evidentes à medida da divulgação das pesquisas mensais do IBGE para os diferentes setores da atividade econômica. O desempenho era sempre superior ao projetado pelos economistas. Isso se observava também no Índice de Atividade Econômica do Banco Central – o IBC-Br –, o qual busca antecipar os resultados do PIB.

    Em termos dessazonalizados, o PIB do primeiro trimestre cresceu 1,2% em relação ao quarto trimestre de 2020. Em relação ao mesmo período de 2020, a expansão foi de 1%. O destaque está pelo crescimento de quase todas as categorias. No lado da oferta, o avanço foi generalizado: agropecuária se expandiu 5,7%; a indústria, 0,7; e os serviços, 0,4%. No setor externo, as exportações cresceram 3,7% e importações, 11,6%. Na demanda, a formação de capital expandiu 4,6%. Aqui, houve recuo de 0,1% no consumo das famílias e 0,8% no do governo. 

    Tudo indica que a principal causa das surpresas foi o caráter brando das medidas de isolamento social: foram menos rigorosas, a liberação foi mais rápida e as pessoas não aderiram como esperado. A demanda superou, assim, as expectativas. De fato, os indicadores de mobilidade do Google mostram que a adesão foi lenta nos primeiros dois meses e chegou perto do desaparecimento no mês de março. Ao mesmo tempo, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), medido por diferentes organizações, ou não caiu ou se reduziu muito pouco no mês de março. O aumento da ociosidade, implícito nas estimativas iniciais da atividade econômica, não se confirmou.

    Indústria e serviços apresentam melhora

    A indústria se beneficiou desse ambiente, o que resultou na recomposição de estoques. Veio daí boa parte da recuperação no primeiro trimestre. Uma explicação adicional para o desempenho melhor do que se esperava pode ter sido a adaptação das famílias e das empresas ao funcionamento dos negócios. Há notícias de ampliação do uso de aplicativos para compras domésticas de supermercados e outros, incluindo o delivery de restaurantes, o que ajudou a impelir a demanda. As empresas aprenderam a manejar melhor suas cadeias de suprimento e de distribuição. 

    Por tudo isso, desde abril, economistas de bancos e de consultorias começaram a promover uma revisão generalizada das projeções do PIB para o primeiro trimestre. A mediana das estimativas da pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, 31, indica estimativa de crescimento de 4% para 2021. Algumas organizações já cravam 4,5% e até 5%. Muito provavelmente, a Focus da próxima semana vai exibir um reajuste para além dos 4%.

    Ainda existem incertezas associadas à hipótese de uma terceira onda da Covid-19, aos efeitos da inflação na renda das famílias – afetando a demanda – e às confusões no campo político, que afetam a confiança. Mesmo assim, é provável que o desempenho do PIB de 2021 supere o carrego estatístico – o efeito do desempenho do quarto trimestre sobre o ano seguinte – estimado em 3,5%. Boas notícias, sem dúvida. 

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.