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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

7 de Setembro: Bolsonaro chama Alexandre de Moraes de ‘ditador’

Sobre o palanque na Avenida Paulista, ex-presidente retomou discurso contra o sistema eleitoral, repetindo mote que o deixou inelegível por oito anos

Por Isabella Alonso Panho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 set 2024, 18h20 - Publicado em 7 set 2024, 16h24

Na manifestação convocada na avenida Paulista neste sábado, 7, feriado da Independência, o ex-presidente Jair Bolsonaro chamou o ministro Alexandre de Moraes de “ditador” e pediu que o Senado Federal, responsável por processar pedidos de impeachment, “ponha um freio” no magistrado, que seria mais prejudicial a Brasil, na sua avaliação, que o governo petista.

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“Espero que o Senado Federal ponha um freio em Alexandre de Moraes, esse ditador que faz mais mal ao Brasil que o próprio Luiz Inácio Lula da Siva”, disse Bolsonaro no final do seu discurso. Durante a sua fala, ele voltou a repetir que as eleições de 2022, quando foi derrotado nas urnas, foram fraudadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tiveram a intervenção direta de Moraes, que presidia a Corte na época.

“Existem dois tipos de ladrões: o que rouba o nosso dinheiro. E outro, mais perverso ainda, é o que rouba o nosso futuro e a nossa liberdade. As eleições de 2022, aos poucos vocês vão tomando conhecimento, que foram totalmente conduzidas, de forma parcial, pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes”, disse Bolsonaro. Em seguida, ele disse que a Justiça o tratou de forma diferente em relação à chapa do PT. “Eu não podia fazer nada, não podia fazer live da minha casa, não podia fazer imagem do 7 de setembro (…) Do outro lado, tudo podia fazer, em especial me chamar de genocida, por própria decisão do TSE.”

Em outro momento do discurso, Bolsonaro disse que “se hoje eu sou o ex mais amado do Brasil, esse divórcio não foi feito pelo povo brasileiro. Esse sistema trabalhou contra a minha pessoa”.

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Manifestação do 7 de Setembro de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo
Manifestação do 7 de Setembro de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo (Nelson Almeida/AFP)

Contra o sistema

Resgatando o discurso “antissistema” que o levou à vitória em 2018, Bolsonaro disse que suas condenações à inelegibilidade foram uma “reprimenda” por ele ter combatido a corrupção durante o seu governo. “Isso importunava o sistema. Na verdade, eles não estavam roubando mais. Se uniram e usaram o velho discurso de que eu queria dar um golpe de Estado, usando dispositivos da nossa Constituição. E eles, para evitar que eu tivesse chance de voltar, decretaram a minha inelegibilidade”, disse o ex-presidente.

Ele também afirmou, logo no começo de seu discurso, que foi feito em uma “falha do sistema” e acusou Moraes de escolher ele e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, como alvos. “Alexandre de Moraes escolheu seus alvos. (…) Eles tinham que me destruir, porque achavam que isso me faria mudar de lado. Eu jamais estaria do lado deles. Preferi o lado mais difícil, o lado do povo brasileiro”, declarou aos correligionários na avenida Paulista.

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8 de janeiro

Bolsonaro pediu também anistia aos presos pelos atos antidemocráticos do 8 de janeiro e disse que “não sabia” que a manifestação chegaria ao ponto que chegou. “Aquilo jamais foi um golpe de Estado.” Ele prometeu que, se voltar ao poder, concederá anistia aos presos pelo episódio. “Nós temos, através de uma anistia, que beneficiar essas pessoas que foram injustamentre condenadas. Se formos vitoriosos, nós daremos essa anistia”, disse.

Nesta manhã, Bolsonaro teve falta de ar devido a uma forte gripe. Ele chegou a passar por atendimento médico no hospital Albert Einstin, na capital paulista, mas mateve a presença na manifestação.

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