O ex-presidente Jair Bolsonaro está pronto para dar “uma mãozinha” na campanha do irmão caçula, Renato Bolsonaro (PL), à prefeitura de Registro. A cidade é a maior do Vale do Ribeira, no sul do estado de São Paulo.
A expectativa é que o ex-presidente participe de encontros no município na próxima terça-feira, 10, para alavancar a candidatura de Renato. A região é um reduto da família Bolsonaro, que se instalou em Eldorado, município próximo, na década de 1960.
Atualmente, também concorrem à prefeitura de Registro o ex-deputado Samuel Moreira (PSD), que foi relator da Reforma da Previdência no governo Bolsonaro e que tem o apoio do cacique Gilberto Kassab, e a vereadora Sandra Kennedy (PT).
Além do irmão famoso, Renato Bolsonaro faz questão de alardear o apoio que tem do atual prefeito, Nilton Hirota — que migrou do PSDB para o PL neste ano e “abriu mão” de disputar a reeleição –, do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de nomes importantes do PL, como o cacique Valdemar Costa Neto, a deputada federal Rosana Valle e o presidente da Assembleia Legislativa (Alesp), André do Prado.
Aliados de adversários na disputa afirmam que, além de Renato e Samuel Moreira “disputarem” os votos do mesmo eleitorado de direita e de centro-direita, Registro tem a peculiaridade de, por ser uma cidade de menos de 200.00 habitantes, ter apenas um turno nas eleições para prefeito. Ou seja, o candidato com maior porcentagem de votos leva a vitória já em 5 de outubro. Daí, afirmam, a importância que se tem dado à figura de Bolsonaro na campanha do irmão.
7 de setembro
Além da agenda “conjunta” em Registro, os irmãos Bolsonaro devem fazer outra dobradinha dias antes, no ato que está sendo convocado pelo ex-presidente para o próximo sábado, 7 de setembro, na Avenida Paulista. Em fevereiro, Renato também participou do evento ao lado de Jair Bolsonaro no trio elétrico que reuniu dezenas de parlamentares e governadores.
O evento de agora tem sido alardeado como um ato “em defesa da democracia e da liberdade” e tem como principais reivindicações o pedido de anistia aos presos políticos do 8 de Janeiro e a pressão pelo impeachment de Alexandre de Moraes, relator do inquérito que apura os atos antidemocráticos no Supremo.