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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

A confusão em torno da confissão de suspeito sobre a morte de Vitória

Polícia diz que Maicol dos Santos admitiu assassinato da adolescente em Cajamar (SP), mas defesa fala em 'pressão psicológica' e pede transferência do preso

Por Bruno Caniato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2025, 18h11 - Publicado em 19 mar 2025, 18h07

Novos desdobramentos em torno do assassinato de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, colocam em dúvida o desfecho dado pela polícia para a autoria do crime. Na última terça-feira, 18, a Polícia Civil de São Paulo anunciou que Maicol Antonio Sales dos Santos, de 26 anos, que sempre foi o principal suspeito do crime, confessou ter matado a adolescente. Seus advogados de defesa, contudo, negaram que o jovem tenha confessado e acusaram os policiais de forçar um depoimento.

“Houve pressão psicológica para que ele confessasse. Estivemos agora há pouco [nesta quarta-feira, 19] com o Maicol e ele relatou isso”, afirmou a VEJA o advogado Flavio Ubirajara, que integra a defesa de Maicol. O defensor acrescenta que solicitou à Justiça a transferência do suspeito, que está detido há onze dias em Cajamar (SP) — a expectativa é que ele seja realocado em uma unidade prisional de Guarulhos (SP) ainda hoje.

Durante coletiva de imprensa na terça-feira, os delegados Luiz Carlos do Carmo, do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (Demacro), e Fabio Lopes Cenachi, da delegacia de Cajamar, afirmaram que Maicol confessou diante de um defensor público na noite anterior. Questionados sobre a decisão, eles afirmaram que o suspeito “tinha a intenção de confessar” e teria sido orientado ao silêncio pela defesa — quando os advogados deixaram a delegacia, a polícia considerou que houve abandono da causa e convocou um defensor apontado pelo estado.

Ubirajara nega ter abandonado a defesa e afirma que sua equipe avalia se a confissão tem validade jurídica. “Já está evidente que o inquérito apresenta inconsistências que comprometem sua credibilidade. Agora, é fundamental esclarecer se, no caso da suposta confissão, houve a devida observância ao rito processual legal, garantindo o respeito aos direitos do investigado e às normas que regem o devido processo legal”, diz.

Polícia insiste que houve confissão e aguarda laudos para concluir o inquérito

Em nota enviada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) de São Paulo nesta quarta-feira, a Polícia Civil afirma novamente que a confissão ocorreu durante interrogatório e respeitou os trâmites legais.

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“O autor foi interrogado na noite de segunda-feira (17) e confessou o crime. A autoridade policial aguarda o resultado de alguns laudos e finaliza as diligências para concluir o inquérito. A Polícia Civil esclarece que todos os procedimentos adotados no caso, incluindo a confissão do suspeito na presença de advogados, seguiram o previsto pelo Código de Processo Penal”, diz o posicionamento.

Na coletiva de ontem, o delegado Fabio Cenachi disse que aguarda a conclusão da perícia no Toyota Corolla prata de Maicol, visto por testemunhas nas redondezas de onde Vitória desapareceu, para confirmar se as manchas de sangue encontradas no banco do carro são compatíveis com o DNA da adolescente. Ele reforçou que não haverá reconstituição simulada do assassinato e que a denúncia será apresentada com o relatório final antes do vencimento da prisão temporária do suspeito, no início de abril.

O corpo de Vitória foi encontrado nu, com os cabelos raspados, ferimentos profundos no rosto e aorta e um sutiã amarrado em torno do pescoço. Questionado sobre os sinais de brutalidade, Cenachi negou que Maicol tivesse confessado tortura — ao contrário do que a polícia vinha afirmando nas últimas semanas — e que os cabelos do corpo poderiam ter caído devido à decomposição. “Não há elementos que comprovem a prática de tortura”, afirmou.

Na versão apresentada pela polícia, Maicol atuava como “stalker” (perseguidor) de Vitória desde o ano passado, inclusive salvando fotos da adolescente no celular, e rastreava os movimentos dela pelas redes sociais. Na noite de 27 de fevereiro, enquanto ela voltava do trabalho à noite, ele teria oferecido uma carona à jovem e tentado estuprá-la — quando ela resistiu, ele a teria matado a facadas no carro e enterrado o corpo nas proximidades de Ponunduva, bairro de Cajamar onde ocorreu o crime.

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