A derrota do bolsonarista que se classificou como “negro de direita”
Um dos mais radicais defensores do presidente não conseguiu votos suficientes para chegar à Câmara dos Deputados
O presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu eleger grande parte de seus aliados, mas um polêmico bolsonarista ficou de fora: o ex-presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo (PL).
Camargo foi exonerado da entidade em março deste ano e se candidatou a deputado federal por São Paulo. Ele conseguiu 13.085 votos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.
Conhecido por suas declarações polêmicas, ele se define como “negro de direita”, costuma defender que não existe racismo no Brasil, diz que o movimento negro é vitimista e já afirmou que a escravidão foi “benéfica”. Em fevereiro, Camargo chamou o congolês Moïse Kabagambe, espancado até a morte no Rio de Janeiro, de”vagabundo”.
Com a derrota no domingo, o ex-presidente da Palmares perdeu também a chance de se refugiar na imunidade parlamentar: ele é alvo de uma investigação na Justiça Federal por assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra servidores.