A difícil missão de Kalil para tentar bater Zema em MG
Ex-prefeito de Belo Horizonte aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais e precisa ganhar vantagem no interior do estado
O ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) tem tido dificuldades para ganhar espaço na corrida pelo governo de Minas Gerais. O governador Romeu Zema (Novo) é o favorito na disputa com 47% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Datafolha.
Kalil, candidato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no estado, aparece em segundo lugar com 23%. O eleitor mineiro, porém, tem preferência pelo petista para a Presidência da República. O petista tem vantagem de pelo menos 20 pontos contra Jair Bolsonaro (PL) em Minas.
A campanha do ex-prefeito tinha esperança de uma evolução rápida com o apoio de Lula, mas isso não ocorreu até agora. O último Datafolha mostra que Kalil lidera na região metropolitana de Belo Horizonte, com 42%, como já era esperado, dada a boa avaliação de sua gestão à frente da capital. O problema é o interior do estado, que tem preferência por Zema. Nessa região, Kalil tem apenas 15%. Além disso, ele também é o candidato ao governo mineiro com maior índice de rejeição, com 27%.
Segundo o último levantamento do Ipec (ex-Ibope), o pessedista também fica para trás entre os eleitores com renda familiar de até um ou dois salários mínimos – segmento em que Lula nada de braçada. Aliados de Kalil atribuem o resultado das pesquisas ao desconhecimento do eleitorado. Acreditam, porém, que a associação ao ex-presidente fará com que o candidato suba nas pesquisas com o tempo.
O pessedista, de fato, ganha vantagem quando associado a Lula, com 33% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Genial/Quaest. Já Zema aparece em segundo lugar, com 23%, quando ligado ao candidato de seu partido, Luiz Felipe D’Ávila. “Zema é o único candidato há quatro anos, tem uma lembrança imediata por parte do eleitor. Vamos trabalhar para apresentar Kalil e suas ações em BH”, afirma o deputado estadual Cristiano Silveira, presidente do PT em Minas. “Quando falamos para o eleitor que o governo atual não entregou uma escola, nenhuma casa, hospital ou obra estruturante, ele começa a refletir”, acrescenta.