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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho e Isabella Alonso Panho. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

A estratégia de André Janones para reativar o ‘janonismo cultural’

Deputado reforça atuação nas redes sociais, área em que ficou conhecido, contrata estrategista e vê engajamento voltar a crescer

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 fev 2025, 14h49 - Publicado em 14 fev 2025, 12h38

Depois de passar às voltas com denúncias de “rachadinha” em seu gabinete, o deputado federal André Janones (Avante-MG) perdeu espaço nas redes sociais, seu principal campo de batalha, mas parece tentar retomar esse protagonismo na comunicação. Apesar da produção legislativa ofuscada pela atitude estridente nas redes sociais, o parlamentar voltou a investir nas redes, contratou uma nova equipe de comunicação e quer voltar a surfar a onda do “janonismo cultural”.

Em 2022, foi escalado pelo núcleo duro da campanha do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva para travar o embate digital contra os apoiadores de Jair Bolsonaro. A estratégia combativa de Janones, que ganhou o apelido de “janonismo cultural”, emparedou, pela primeira vez, o bolsonarismo nas redes sociais durante aquela disputa presidencial. O parlamentar chegou a lançar um livro para contar essa história e se aproximou do governo. Quando vazou um áudio de Janones pedindo parte dos ganhos de seus assessores, entretanto, essa relação mais próxima passou a ser evitada por governistas.

A nova fase da comunicação de Janones, porém, parece surtir efeito. Nos últimos meses, as redes sociais do deputado voltaram a crescer. Entre outubro de 2024 e janeiro de 2025, as publicações no X tiveram aumento médio de 1.943% curtidas, salvamentos e compartilhamentos. O número de curtidas, comentários e compartilhamentos no perfil do Instagram aumentou 376%, com destaque para os compartilhamentos, que cresceram 648% no período, passando de 13.900 em outubro para 9,01 milhões em janeiro deste ano.

“A ideia principal desta reta que tomamos é reavivar o janonismo cultural em sua essência, sem a necessidade de furar bolhas. Vamos manter o adversário ocupado para que ele tenha que reagir às provocações ao invés de agir”, disse o estrategista político recém contratado por Janones, Paulo Loiola.

Na última quarta-feira, 12, Janones foi à Câmara dos Deputados com uma camisa com uma estampa que usava um palavrão para chamar a atenção e rechaçar o projeto de anistia aos envolvidos na invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de Janeiro. No mesmo dia, os deputados da oposição marcharam pelo Congresso para fazer pressão pelo avanço da proposta.

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O caso da “rachadinha”

O deputado e dois assessores, Alisson Alves Camargos e Mário Celestino da Silva Júnior, foram indiciados, em setembro do ano passado, pela Polícia Federal pelos crimes de associação criminosa, corrupção passiva e peculato (esse atribuído apenas a Janones). A denúncia diz respeito a uma mensagem de áudio, divulgada na imprensa, no qual o deputado mineiro diz a assessores para devolverem parte dos salários para abater um prejuízo da campanha eleitoral de 2016. Em outubro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que o inquérito fosse suspenso por sessenta dias para negociar um acordo de não persecução penal.

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Antes disso, o deputado já havia sido julgado, em junho de 2024, pelo Conselho de Ética da Câmara pelo suposto esquema de rachadinhas. Por doze votos a nove, a denúncia foi arquivada. A sessão terminou em confusão, com trocas de xingamentos e empurrões. A denúncia pedia a cassação de Janones por quebra de decoro parlamentar foi apresentada pelo PL, partido de Jair Bolsonaro. A representação, de dezembro de 2023, fez referência ao áudio vazado.

O arquivamento da denúncia acompanhou o parecer do relator do caso na Comissão de Ética, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que alegava não haver quebra de decoro parlamentar, já que se tratava de “fatos ocorridos antes do início do mandato”. A posição de Boulos foi usada como alvo nos debates eleitorais com candidatos à Prefeitura de São Paulo – o psolista perdeu no segundo turno para o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi reeleito.

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